Abby sentia-se muito descansada. Tudo estava tão calmo e confortável, poderia contar nos dedos os dias em que seu bairro amanheceu silencioso já que todos acordavam antes de o sol raiar para poderem trabalhar.
Ela estava quentinha, deitada confortavelmente sobre um colchão que deveria ser feito de penas de gansos e era abraçada por um braço.. Abby desperta no susto.
Seu bairro não era silencioso, sua cama não era tão confortável e ela, definitivamente, não tinha um marido para poder ser abraçada daquela forma. Ela tenta se levantar com cuidado para não acordar o desconhecido e por um instante parece que poderá sair da cama sem que ele acordasse, mas ele de repente desperta e a puxa de volta para ele.
— Mas que diabos! — ela se sacode com a intenção de ser libertada e tem êxito. Ao ver quem a poucos minutos estava a abraçando, ela toma um susto. Era um homem bonito.
O desconhecido era um homem magro, mas de rosto angelical e traços delicados com olhos castanhos expressivos e que naquele momento demonstravam diversão e um talvez um pouco de frustação. Ele sorriu para Abby que de súbito se sentiu envergonhada com sua aparência. Era tão injusto que existissem pessoas como ele, que acordavam já bonitas, e outras como ela, que mesmo se esforçando não conseguiam ser bonitinhas.
— Pra onde vai, princesa? — ele não queria acordar agora, queria continuar dormindo e abraçando aquela mulher, seja lá quem ela for.
— Não interessa! E quem é você? O que faz aqui? Como conseguiu entrar? — ela começou a se desesperar, se a vissem naquela situação sua chance de se casar diminuiria ainda mais. Ela vivia tentando conforma-se que jamais iria se casar, mas bem no fundinho da sua consciência ela sabia que jamais iria deixar de sonhar.
— Eu sou George e não lembro direito como eu vim parar aqui. Minha vez de fazer perguntas — ele fala tudo se espreguiçando e Abby observa tudo atenta pois nunca tinha vista um homem desnudo, mas ela jamais admitiria que estava observando o belo espécime masculino a sua frente.
George se levanta e caminha em direção a ela enquanto pergunta.
— Como a princesa se chama? Mora na região? É comprometida? — Abby sem perceber vai se aproximando da porta e só percebe quando suas costas batem na madeira.
Constrangida demais para responder ela fica muda e George se aproxima ainda mais tocando os cabelos bagunçados dela. Ela estava engraçada, mas também estava bonita. Agora podia ver a mancha com mais exatidão e continuava a achando encantadora.
Se aproximando ainda mais para cheirar os cabelos dela e não se sabe ao certo se foi a aproximação de George ou a porta sendo aberta a empurrando para longe que a despertou do torpor.
Tanto Abby quanto George gritaram e para piorar a situação de Abby quem abriu a porta foi sra. Abrams. "Estou acabada" era o que pensava Abby.
— Mas o que significa isso, srta. Jones? A senhorita não está autorizada a trazer seus parceiros para dentro desta casa! Não sei que tipo de serviços está acostumada a prestar, mas aqui... — ela é interrompida pelo homem que enquanto ela dava seu sermão na sua bela companheira de quarto vestira suas roupas.
— Ora, mas que mau humor, sra. Abrams! Anime-se, mulher! Não dever ser nem sete horas ainda. — a mulher agora olhava espantada para seu patrão. Imaginara todos os cenários possíveis para a volta dele, menos esse.
— Me perdoe, vossa graça! Não tinha percebido que era o senhor que estava aqui — enquanto o reencontro entre eles se desenrolava Abby presenciava a tudo paralisada.
Não sabia o que pensar, nem dizer, não sabia nem se deveria sair do quarto ou ficar para ser demitida. Mas que droga! Ela não conseguiria emprego nem limpado chaminés já que em geral elas não são tão largas, ela só conseguiu limpar a daquela casa porque ela era maior que o padrão. Talvez ela poderia arranjar alguma coisa na...
— E você? O que ainda está fazendo aqui? Vá logo para a cozinha e mande preparar o café do conde, menina! — ela estava pronta para sair não queria mais passar vergonha na frente do seu patrão.
— Não, não, não! Volte aqui, senhorita, e responda minhas perguntas. A sra. Abrams pode muito bem ir fazer isso. Acho que vou querer café na cama e enquanto comemos nós podemos nos conhecer melhor. O que acha? — sra. Abrams escutava tudo aquilo muito surpresa, achava aquilo um absurdo, mas não iria contrariar seu chefe.
Abby estava ainda mais pasma e tudo que não queria era fazer papel de boba mais uma vez na frente desse homem. E então balançou os braços rapidamente.
— NÃO! Quer dizer, eu sou muito rápida, rápida mesmo e vou chegar na cozinha num instante e logo seu desjejum vai estar pronto. E eu tenho muitas tarefas para cumprir e... — ela desatava a falar e George a achava ainda mais encantadora.
— Enfim, vossa graça, preciso ir! — e correu para fora do quarto. George se virando para a governanta perguntou com um inicio de sorriso no rosto.
— Onde você a achou? — a mulher balançou a cabeça recriminando a menina de todas as formas possíveis em pensamento.
— Peço desculpas por isso, vossa graça. Ela é uma garota sem classe, nunca trabalhou para nobres e não sabe porta-se, mas vou demiti-la imediatamente!
— O que? Não é para demiti-la, mas tem algo que você pode fazer que me fará imensamente feliz!
— Diga, vossa graça, e se estiver ao meu alcance eu o farei!
— Me conte tudo o que sabe sobre a srta. Jones — George agora sorria amplamente pensando nas coisas divertidas que poderia fazer para se aproximar dela.
Gostaria de pedir paciência com a minha história. É o primeiro livro que escrevo, então, pode estar cheio de erros e incoerências, mas no futuro pretendo corrigir todos os possíveis furos da história. Não se esqueça de deixar sua estrelinha e comentar o que está achando! :)
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Renascer do Amor (pausado) - Nicolle Souza
RomanceAbby nasceu com uma mancha no rosto e sempre soube que não era bonita, mas ao perder seu emprego ela sabe que não será contratada facilmente devido a sua aparência. Mas com a volta do Conde de Berkshire novas oportunidades podem surgir. SEM CONTEÚD...