Ato III: Ciúmes e escolha

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Perdido em pensamentos, Sasuke voltou para o quarto ainda com a cabeça nos acontecimentos com Sakura, quase ignorando o olhar de preocupação de Mikoto assim que entrou no quarto.

— Sasuke, finalmente! — Mikoto correu em sua direção. — O que aconteceu? Por que demorou tanto? O que ela queria? Vai nos matar ou só nos expulsar? Conseguiu negociação? — Fez várias perguntas ao mesmo tempo, deixando o Uchiha zonzo, sem saber por onde começar para a acalmar.

Sasuke segurou suas duas mãos, em um gesto mais simples e imediato de transmitir carinho e segurança aos seus temores.

— Eu jurei lealdade aos Harunos, e ela prometeu nos dar uma chance, dado o nosso histórico contato pelos outros servos dos Uchihas. — A viu suspirar aliviada, aliviando também os ombros, como se tirassem um peso enorme. — Nem eu e nem você vamos ser expulsos, vamos morar aqui como servos normais. — Explicou, fazendo uma breve pausa ao recapitular as suas últimas palavras. — Ou ao menos, só você vai.

— O que? Como assim? — Mikoto se preocupou novamente, fazendo Sasuke suspirar.

— Ela me quer como servo sexual até encontrar um pretendente. Nada que deva a preocupar.

Mikoto arregalou os olhos, negando com a cabeça.

— Nada que eu deva me preocupar? O pai dela o matará se descobrir isso, Sasuke! Como não devo me preocupar?! — Tentou controlar a voz. Qualquer grito chamaria a atenção de fofoqueiros entre as paredes e portas.

— Mãe, esse clã não é comum e nem tão tradicional como os outros. A Sakura é a líder e herdeira daqui, pode fazer o que quiser, desde que permaneça virgem antes do casamento.

— E como servo sexual fará o que? A ensinar a transar para satisfazer o seu marido? — Riu sem humor, embora fizesse sentido o seu pensamento. Não se surpreenderia se fosse o caso, embora as moças tradicionalmente aprendessem na teoria, deixando as práticas quando já casadas.

Um sorriso involuntário brotou nos lábios do Uchiha. Ensinar? Ele não tinha nada a ensinar. Sakura sabia muito bem satisfazer um homem. Oh, se sabia! Ele só não tinha inveja do marido, porque os tapas na bunda foram, sem sombra de dúvidas, a mais vergonhosa e constrangedora de toda a sua existência na fase da terra.

— Mãe, confia em mim, eu sei o que estou fazendo. Tomarei cuidado. — Deu um beijo cálido em sua testa, como sempre fazia para a tranquilizar e transmitir segurança.

— Sabe uma ova, Sasuke! — Mikoto desdenhou, ainda mais preocupada.

.

Quando a noite chegou, Sakura visitou novamente o quarto de seu pai, preocupada com a sua situação. Se passou 1 semana desde que o prestigiado médico, Orochimaru, oficializou o pouco tempo de vida de seu pai. Kizashi sofria de anemia, uma doença sem cura em sua época, a qual estava o matando lentamente. Aos seus 45 anos, Kizashi está passando o resto dos seus dias acamado, sem mais forças para ficar em pé. Ao adentrar no quarto, com uma sopa reforçada em uma bandeja, Sakura fez uma referência em sinal de respeito ao mais velho, o dando boa noite. Entrou quando ele ordenou.

— Soube que deu tudo certo entre os Uchihas. Fez um ótimo trabalho. — A elogiou, como sempre fazia quando a jovem conseguia alguma conquista, tornando Sakura sempre grata pelo seu reconhecimento.

Apesar de Kizashi ainda possuir preconceito com mulheres líderes, sua filha era a única exceção para essa regra machista. O mais velho a reconhecia como se fosse um filho homem. O filho que Kizashi queria que Hayato tivesse sido.

— Obrigada, meu pai. Foi tudo graças aos seus ensinamentos. — Também o reconheceu.

Kizashi foi um ótimo líder no seu auge, e foi um ótimo mentor e conselheiro para a sua herdeira, até a doença o atingir e o obrigar a se aposentar dos assuntos políticos e territoriais do clã, afim de evitar estresse.

My Sexual Servant (SasuSaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora