Ato IV: A conversa pela manhã

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Sakura estava terminando de se vestir quando ouviu a voz de seu conselheiro se anunciando na porta de seu quarto.

— Entre.

— Com licença. Bom dia, Sakura. — Disse Shikamaru, entrando formalmente.

Quando entrou, observou a mulher à sua frente. Sakura vestia um hanfu vermelho e preto tradicional.

— A que devo sua visita a esta hora da manhã? — Perguntou direta.

— Estou sabendo sobre decidir se casar com o filho bastardo dos Uchihas. — Afirmou com uma expressão preocupada. — Uma proposta ousada, e vantajosa somente aos seus interesses pessoais. Contudo, não acho que é o que o clã precisa, preciso pontuar, ou algo que os ministros do imperador irão concordar. Devo a lembrar que o clã Haruno é muito importante para o país, esse casamento não é a decisão mais vantajosa para uma líder, Sakura. Será motivo de piada para as outras famílias! — Shikamaru apreciou-se com as palavras, sabendo o quanto sua melhor amiga, e chefe, odiava rodeios e cerimônias de cordialidade entre eles.

A ouviu suspirar pesadamente massageando as têmporas. A vontade de Sakura era de contra argumentar sobre o quão errado ele estava! Porém, o seu conselheiro nunca esteve tão certo. Ela precisava admitir.

— O meu pai o procurou? — Perguntou, demonstrando estar chateada.

Tinha consciência da insatisfação do mais velhos, porém não imaginou que ele insistiria com a briga colocando um dos seus subordinados em seu lugar, dada sua saúde frágil para um debate prolongado.

— Sim. O seu pai me procurou há pouco, acabei de sair de seus aposentos, para ser mais exato. O Sr. Haruno queria saber se eu compactuei dessa sua ideia, “absurda”, — Fez o sinal de aspas com os dedos. — segundo o mesmo. Ameaçou me tirar do conselho, se fosse o caso. — Explicou preocupado.

Mais com o próprio cargo do que com Sakura. A Haruno era uma mulher feita, sabia o que estava fazendo e dos riscos. Era calculista, tudo o que ele acabou de dizer ela já havia pensando, só precisou a relembrar pois essa era a sua função ali.

— Eu tenho consciência de tudo, e ainda assim irei apostar. — O respondeu ríspida, o fazendo suspirar.

— Tentar ameaçar os ministros de morte não é a melhor abordagem. — O Nara pensou alto, imaginando esta ter sido a primeira ideia da Haruno ao cogitar na barreira entre os ministros.

— A morte é o último plano. Contratei um ninja para conseguir provas dos podres daqueles velhos, especialmente os de corrupção com os impostos da coroa. O novo Imperador gosta das coisas certas. Eu já tenho as informações, só faltam as provas. Depois disso, o meu casamento com um mero servo não será nada comparado ao estrago que eu causarei na carreira deles. — Disse áspera, sorrindo maleficamente. Sempre um passo à frente.

Shikamaru sorriu de escaneio, adorando como ela sempre pensava em tudo, tornando o seu trabalho quase inútil às vezes. Chegava a ser cômico, se não fosse trágico. Sakura e ele eram uma dupla imbatível juntos, no campo de batalha, sendo os melhores estrategistas do clã. Enquanto Shikamaru liderava por trás, Sakura estava na linha de frente. Ambos seriam um casal muito mais aceito por Kizashi, se essa fosse a vontade deles. Houve um tempo onde ele cogitou em ambos serem um casal. Quando confessou os seus sentimentos para Sakura, ela ficou feliz. Contudo, eram jovens, e a primogênita estava de casamento marcado com outro desde o seu nascimento. E a Haruno, como uma mulher à frente da sua época, lutou contra a decisão se seu pai, provando o seu valor na luta a qual matou o seu próprio irmão, antigo herdeiro.

Quando ambos finalmente puderam ficar juntos, algo em seus corações mudaram. Sakura ficou mais distante, deixando o Nara confuso e totalmente perdido. No tempo em que Sakura ficou longe, Shikamaru conheceu Temari, irmã mais velha do seu novo amigo Gaara, do clã aliado aos Harunos, os No Sabaku. Se apaixonou novamente, parou de ir aos encontros casuais com a Haruno às escondidas em seu quarto, voltando a sua atenção para uma nova mulher em seu coração.

My Sexual Servant (SasuSaku)Onde histórias criam vida. Descubra agora