Alguém

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- Eu não vou sair daqui até reencontrar os meus irmãos. Ninguém sabe como é morrer de verdade e preciso saber o que aconteceu com o Sabo.

Amaki não esperava essa reação de Ace e respondeu exaltada:

- Mas e se lá for o verdadeiro paraíso?

Ace estava com as faces vermelhas e falou quase gritando:

- E se não for? Você não tem como saber. Sem contar que não pode tomar essa decisão sem a opinião das pessoas da cidade. Você faria a mesma coisa que seu pai.

Amaki baixou a cabeça se dando por vencida. Não poderia tomar aquela decisão sozinha, seria repetir o erro de seu pai.

- Vamos para a cidade e falaremos com todos. Quero muito reencontrar os meus irmãos, mas se for da vontade da maioria dar esse passo, acatarei a decisão. E você precisa reencontrar seus parentes, não é justo, seja lá o crime que acha que cometeu já deve ter pago por isso com todo esses séculos de isolamento.

Amaki concordou com a cabeça ainda abaixada. Ace estendeu uma mão para ela e ambos foram para a cidade. Ao chegarem ela foi conversar com sua família enquanto Ace observava o mar de nuvens no cais sem navios.

- Você é novo por aqui? Não lembro do seu rosto, e conheço todo mundo desse lugar.

Um senhor de cabelo esquisito questionou Ace, e continuou a falar:

- Meu nome é Hiriluk e você me lembra meu filho Chopper, a gente ficava olhando o mar juntos. Nunca mais tive notícias dele, espero que tenha virado um médico pirata.

- Uma rena?

- Sim, você o conheceu?

- Sim, em Alabasta. Ele é o médico dos chapéus de palha, um bando pirata em que o meu irmão Luffy é o capitão.

Hiriluk começou a chorar, lágrimas bloqueavam sua visão, só conseguia falar entre soluços:

- Eu...estou...tão...feliz. Agora ele tem companheiros, é médico, está vendo o mundo que sempre falei para ele. Posso descansar em paz sabendo que meu filho é feliz. Obrigado.

Ace sentiu um aperto no peito. Queria muito saber sobre o Sabo também, e se o Luffy havia saído em segurança de Marineford. Hiriluk percebeu a tristeza do garoto e se sentou ao lado dele.

- Tenho certeza que seu irmão está bem, meu filho deve ter sido ensinado pela velha Kureha, ela é a melhor médica que conheci em vida.

Um laço de confiança nasceu entre os dois e logo Ace estava contando sobre sua aventura até ali e o Poneglyph. Assim que terminou uma caixa caiu perto deles revelando que alguém os havia escutado e fugido as pressas.

Ace começou a correr deixando apenas uma frase para atrás:

Amaki está em perigo.

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♠ Continua ♤

Ace na Ilha das Almas Onde histórias criam vida. Descubra agora