flores de cerezo

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Blas Polidori.

03:00 de la manãna.

Naquela madrugada, fui para o mesmo lado de fora de casa e senti o ar gelado da noite batendo contra meu rosto, juntei as mãos na intenção de me aquecer. Peguei meu celular no meu bolso e procurei Fran na minha lista de contatos, não me preocupei em tirar seu sono pois com certeza ele estaria dentro da facção essas horas.

- Alô? Oi Fran, queria conversar com você sobre uma coisa, está ocupado? - eu olhei para o céu que estava estrelado.

- Oi, pode falar desde que seja rápido, tenho muito trabalho essa madrugada. - Fran me respondeu do seu jeito frio.

- Eu fui despejado do meu emprego e estou preocupada pra caralho com minha vida financeira, a Agatha ganha muito pouco trabalhando na floricultura mas ela está apaixonada pelo trabalho dela. Enfim! Preciso que me ajude, não sei como te pedir isso, mas a única opção que me restou foi pedir para entrar na facção que você trabalha. - falei nervoso, não sabia como Fran iria reagir.

- Que? Tá falando sério, Blas? - Fran soltou uma risada irônica. - Logo você que é todo certinho? Não vai aguentar 1 dia de trabalho aqui. Precisa ter psicológico para aguentar, e tem que ter certeza de que quer isso, o contrato é fixo, se quiser sair, vão te matar. - pude ouvir Fran soltando a fumaça de um cigarro possível que ele estava fumando. - Sair de um restaurante temático para uma facção criminosa? É uma escolha muito radical. Tem que estar ciente de que isso não é seguro, não vai poder sair na rua a qualquer momento do dia, a polícia tá sempre na nossa cola.

- Não importa, Fran... Eu quero isso, eu tô decidido. Me passe o contrato e eu assino o mais breve possível. - eu estava nervoso, mas precisava de dinheiro.

- Tá achando que isso é contrato de restaurante? A gente não passa contrato pelo telefone, você tem que vir aqui para discutir. - Fran parecia impaciente.

- Ah, claro! Posso ir amanhã mesmo, em qual cidade é? - peguei um papel que estava em meu bolso para anotar.

- São Miguel de Tucumán, vamos nos encontrar no restaurante Cayetano, te levo de carro para onde é nossa facção. As 15:00, sem atrasos. - ele apenas desligou na minha cara após dizer isso, não achei estranho pois era o jeito dele. 

Entrei para dentro de casa novamente e me deitei ao lado de Agatha que dormia tranquilamente, após alguns minutos consegui dormir, já tinha ficado mais aliviado sabendo que agora teria um emprego.

Agatha Mendenza.

11:00 de la manãna.

Acordei e abri meus olhos lentamente, pude sentir os braços de Blas envolvidos na minha cintura me abraçando por trás, sua respiração estava calma na minha nuca. Eu respirei aliviada aproveitando aquela sensação boa de poder acordar a hora que eu quiser, já que era uma manhã de sábado.

Me espreguicei e retirei devagar os braços de Blas da minha cintura, cuidando para não o acordar por acidente, porém falhei, o acordando.

- Bom dia, princesa... - Blas susurrou com uma voz calma e rouca no meu ouvido, por ter acabado de acordar.

- Bom dia, amor. - eu sorri e dei um beijo demorado em seus lábios, que surpreendentemente Blas subiu em cima de mim intensificando o beijo, ele passou suas mãos enormes pela minha cintura e apertou levemente me fazendo sentir minhas pernas tremerem, era incrível como ele conseguia me deixar assim tão fácil.

- Posso? - ele colocou as mãos na barra da minha regata, pronto para tirar ela, Blas olhou nos meus olhos esperando minha resposta, ele sempre pedia permissão pra tudo.

Los opuestos. -Blas Polidori.Onde histórias criam vida. Descubra agora