Capítulo um

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O beijo proibido.

Sabíamos que era errado, que ele era noivo da minha irmã.

Mas, se não era o que ele queria, por que ele veio para o campo do desejo?

Era o destino, tínhamos que nos encontrar assim-”

Um travesseiro voou na cara de Geto, o impedindo de continuar lendo.

— Ei! — rosnou irritado, ao olhar para a porta, se deparou com seu irmãozinho Megumi.

— A gente vai jogar ou não? — o pequeno indagou com os braços cruzados.

— Eu só quero terminar esse capítulo. — Suguru explicou, pegando seu livro na cama.

Sons de panelas e talheres caindo foram ouvidas do andar de baixo, e um suspiro alto saiu da boca de Toji, pai dos três; os irmãos mais novos se entreolharam e logo Shoko, a irmã mais velha, apareceu na porta também.

— Vamos descer e ajudar ele? — o irmão do meio perguntou, olhando apreensivo para os outros dois.

— Você sabe que ele quer fazer isso sozinho, mas pode me ajudar a por a mesa. — a mais velha diz, puxando Megumi para o primeiro andar.

Geto não viu outra saída a não ser ir ajudar seus irmãos, ele fechou o livro, suspirou e percorreu o mesmo caminho que os outros. Quando desceu as escadas, a porta da frente fora aberta por Nanami, namorado de Shoko, que entrou na residência sorrindo.

— Eai, não tô atrasado, né? Eu estava tentando estudar, mas aí peguei no sono. — explicou o rapaz, dando um abraço em Megumi e um selinho em Shoko. — Cheiro gostoso, ein! Geto. — falou enquanto cumprimentava o amigo com um high five; o moreno o olhava com um ar melancólico e apaixonado, mas por sorte ninguém percebia.

— Nanami! — Toji falou da cozinha, cumprimentando o genro com um aceno.

[...]

Todos estavam sentados à mesa, Toji tentava fatiar o frango que tirou do forno minutos antes, mas estava passavando um pouco de dificuldade.

— Geralmente se você faz assim pra frente e para trás… — murmurou, estraçalhando a coxa da ave com uma faca de serra. — Nanami, segure ele para mim.

Quando o loiro ia se levantar para ajudar, Shoko segurou seu braço, se pondo de pé em instantes.

— Olha, a faca elétrica tá lá na cozinha, com ela vamos comer isso rapidinho. — a morena pegou a bandeja das mãos do pai e caminhou rapidamente até o cômodo ao lado.

— Não acredito que não vamos vê-la até o dia de ação de graças. — Megumi comentou tristonho, ele era bastante apegado à irmã.

— Na verdade é até o Natal, a Escócia é muito longe para ela vir no dia de ação de graças, filho.

— Você tá zoando? Não vamos vê-la até o Natal? — Geto indagou surpreso, suas sobrancelhas estavam levantadas esperando uma resposta de seu pai.

— Olhe pelo lado bom, a Shoko não vai pegar o carro todo dia então você vai poder praticar a direção. — Toji falou sorrindo, tirando risada dos outros dois que estavam à mesa.

— Esqueci que é o Geto quem vai guiar agora. — o caçula diz com deboche enquanto ria do irmão.

— Fique a vontade para ir de ônibus. — Suguru revirou os olhos e mostrou a língua para o menor.

— Se vocês forem brigar, eu posso dar uma carona, eu moro aqui do lado. — Nanami sugere.

— Ou eu posso dirigir e se formos parados mudamos de lugar bem rápido. — o Fushiguro menor fala ainda rindo.

Cartas de amor (SatoSugu)Onde histórias criam vida. Descubra agora