Após as alucinações da noite anterior, Suguru tinha se decidido em relação à proposta de Satoru.
Quando chegou no colégio, estacionou o carro em uma vaga aleatória e desceu apressado do veículo. Antes de ir procurar o platinado, olhou-se no espelho e arrumou o cabelo. Com determinação, ele partiu em direção ao campo de lacrosse.
Alguns jogadores estranharam a “visita” repentina do moreno, já que sabiam que ele não gostava nada de esportes.
Geto avistou Satoru próximo a trave, arrumando sua raquete. Ele se aproximou e o chamou.
— Ei, Satoru. — usou sua mão para acenar.
— O que? — indagou tirando seu capacete de proteção.
— Negócio fechado. — respondeu com convicção; ele pôde ver os olhos do platinado brilharem.
Os jogadores do time já não ligavam mais para eles, porém ficaram surpresos quando Gojo puxou Geto pela cintura e o beijou. O coração de Suguru acelerou, mas ele retribuiu o beijo; os lábios de Satoru eram macios e a língua molhada e quente massageava levemente a sua.
Não demorou muito para que se separassem. Para Geto, aquele beijo dizia “estamos quites”, os olhos azuis do jogador observaram o moreno arrumar a mochila com um leve rubor nas bochechas.
— Eu vou pra aula. — após falar isso, Suguru virou-se de costas e caminhou até sair do campo de visão de Satoru.
[...]
— Então, a gente tem que fazer um acordo e estabelecer regras para podermos continuar com isso. — Suguru diz.
Agora, ele e Satoru estavam sentados em um banco atrás do colégio, o moreno segurava sua mochila no colo enquanto o albino observava o céu.
— Regras? — o mais alto bufou e revirou os olhos. — Você sabe mesmo como tirar a diversão das coisas.
— Bom, é importante que a gente saiba como agir em cada situação.
— Me dá um exemplo.
— Por exemplo: eu não quero mais que você me beije.
— Enlouqueceu? Quem vai acreditar que estamos juntos se eu não beijar você? — Satoru perguntou indignado.
— Olha, você pode ser Satoru Gojo, o mais galinha do colégio, mas eu sou apenas Suguru Geto e nunca namorei na vida. — confessou brincando com o chaveiro da bolsa.
Satoru riu com a fala alheia.
— Suas referências são de uma mulher de oitenta anos que tem cinco gatos e mora no interior do Texas. — comentou com deboche. Suguru se controlou para não socar a cara dele. — E por quê isso importa?
— Isso foi muito específico... — ele olhou pro outro com a sobrancelha arqueada e em seguida suspirou. — Importa porque eu não quero que as outras primeiras vezes sejam falsas. Se eu for pegar alguém, quero fazer isso por vontade própria e não para fingir uma relação.
— Tá bom, mas você me beijou primeiro. — Gojo o lembrou.
— Beijos não são negociáveis.
— Ok. — o albino revirou os olhos mais uma vez e se levantou. — Mas você tem que pensar em algo porque as pessoas vão achar suspeito se eu não tocar em você.
Suguru abriu a mochila e pegou um caderno, ele escreveu “Regras” bem grande em uma folha em branco e olhou para o outro.
— É… você tem razão. Bom, você pode pôr a mão no meu bolso traseiro.
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Cartas de amor (SatoSugu)
Teen FictionGeto amava livros de romance mas ele não esperava que sua vida viraria um. Quando cinco cartas de amor foram enviadas para cinco pessoas diferentes a vida de Suguru virou de ponta cabeça. [SatoSugu | LongFic | Inspirado em "Para todos os garotos que...