Capítulo quatro

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Após as alucinações da noite anterior, Suguru tinha se decidido em relação à proposta de Satoru.

Quando chegou no colégio, estacionou o carro em uma vaga aleatória e desceu apressado do veículo. Antes de ir procurar o platinado, olhou-se no espelho e arrumou o cabelo. Com determinação, ele partiu em direção ao campo de lacrosse.

Alguns jogadores estranharam a “visita” repentina do moreno, já que sabiam que ele não gostava nada de esportes.

Geto avistou Satoru próximo a trave, arrumando sua raquete. Ele se aproximou e o chamou.

— Ei, Satoru. — usou sua mão para acenar.

— O que? — indagou tirando seu capacete de proteção.

— Negócio fechado. — respondeu com convicção; ele pôde ver os olhos do platinado brilharem.

Os jogadores do time já não ligavam mais para eles, porém ficaram surpresos quando Gojo puxou Geto pela cintura e o beijou. O coração de Suguru acelerou, mas ele retribuiu o beijo; os lábios de Satoru eram macios e a língua molhada e quente massageava levemente a sua.

Não demorou muito para que se separassem. Para Geto, aquele beijo dizia “estamos quites”, os olhos azuis do jogador observaram o moreno arrumar a mochila com um leve rubor nas bochechas.

— Eu vou pra aula. — após falar isso, Suguru virou-se de costas e caminhou até sair do campo de visão de Satoru.

[...]

— Então, a gente tem que fazer um acordo e estabelecer regras para podermos continuar com isso. — Suguru diz.

Agora, ele e Satoru estavam sentados em um banco atrás do colégio, o moreno segurava sua mochila no colo enquanto o albino observava o céu.

— Regras? — o mais alto bufou e revirou os olhos. — Você sabe mesmo como tirar a diversão das coisas.

— Bom, é importante que a gente saiba como agir em cada situação.

— Me dá um exemplo.

— Por exemplo: eu não quero mais que você me beije.

— Enlouqueceu? Quem vai acreditar que estamos juntos se eu não beijar você? — Satoru perguntou indignado.

— Olha, você pode ser Satoru Gojo, o mais galinha do colégio, mas eu sou apenas Suguru Geto e nunca namorei na vida. — confessou brincando com o chaveiro da bolsa.

Satoru riu com a fala alheia.

— Suas referências são de uma mulher de oitenta anos que tem cinco gatos e mora no interior do Texas. — comentou com deboche. Suguru se controlou para não socar a cara dele. — E por quê isso importa?

— Isso foi muito específico... — ele olhou pro outro com a sobrancelha arqueada e em seguida suspirou. — Importa porque eu não quero que as outras primeiras vezes sejam falsas. Se eu for pegar alguém, quero fazer isso por vontade própria e não para fingir uma relação.

— Tá bom, mas você me beijou primeiro. — Gojo o lembrou.

— Beijos não são negociáveis.

— Ok. — o albino revirou os olhos mais uma vez e se levantou. — Mas você tem que pensar em algo porque as pessoas vão achar suspeito se eu não tocar em você.

Suguru abriu a mochila e pegou um caderno, ele escreveu “Regras” bem grande em uma folha em branco e olhou para o outro.

— É… você tem razão. Bom, você pode pôr a mão no meu bolso traseiro.

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⏰ Última atualização: May 21 ⏰

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Cartas de amor (SatoSugu)Onde histórias criam vida. Descubra agora