Burburinho

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Jisung, esse era o nome que a platéia gritava no intervalo do jogo de basquete, onde os líderes de torcida animavam a galera e como animavam, o sorriso no rosto do azulado era radiante, e provocante. Han, era o desejo de quem nunca teve a mínima chance e inesquecível pra quem já teve uma palinha, apesar de ser mimado desde os dedinhos dos pés até o último fio de cabelo na cabeça, todos fariam o sacrifício para provar desse doce, mas tinha um pequeno empecilho - além do gosto exigente do Han -, Lee Minho, capitão do time de basquete. Julgado por muitos como o bacaca, egocêntrico e sem coração. Minho era popular, tanto quanto Jisung, era bonito, bom nos esportes, odiado por metade dos "héteros tops", e de bônus, era ridícula a forma como ele não se importava com isso.

O apito pro último tempo soou, Han se sentou cruzando as pernas, assim que sua mão direita tocou os lábios e um beijinho invisível foi jogado na direção do ruivo, que respondeu com uma piscadinha, era assim, fácil e simples criar um mega burburinho entre os adolescentes ali presentes, Han, riu em descrença... O fim do jogo veio e com ele a agitação, entre gritos, abraços e comemorações, mas nunca demorava muito pra que todos sumissem dali, escolhendo alguma festa pra ir, sempre havia algo pra se fazer depois de tudo. Han, abriu a porta do vestiário pondo certa força ali, aquela porta era estranhamente pesada, entrou evitando tocar em muitos lugares, aqueles jogadores eram imundos e não queria pegar o cheiro deles.

Min - Você faz uma carinha ótima quando tá com nojo.

Han - Bom que fica claro, eu odeio vir aqui.

Min - Então, me deu o ar da sua graça por que?

Minho o olhou pela primeira vez, parando de mexer no armário, quando o Han se aproximou, se encostando na porta.

Han - Não tô afim de ir pra casa hoje.

Ditou, seu pai tinha um relacionamento péssimo com sua mãe e mesmo depois de um quase divórcio, o dinheiro e aparência bateram mais forte na porta, então, trancaram a sensatez e continuaram naquele enrosco.

Min - Se auto convidou pra ir lá em casa?

Han - Talvez. Iria pro Lix, mas ele deve estar com o Changbin e não tô afim de dormir ao som de gemidos.

Min - Se fossem seus até que não seria tão mal.

Han - Tá me fantasiando com outro alguém, Min?

Min - Talvez, com você se fudendo sozinho no meu p...

Han - Aish! Para!

O moreno não era do tipo tímido, era até provocador demais, levando todo mundo ao limite de suas próprias sanidade, e quem escapava disso? Know, que via o Han tímido, corado, gaguejando com a mínima provocação.

Han - Ah, olha, pediram pra te entregar um número de telefone.

Minho sorriu, daquele jeito cafajeste, estendeu a mão para pegar o papel na mesma medida em que Han o afastou, esmagando o papel entre seus dedos.

Han - Tá interessado? Peninha, eu disse pra ela que seu tipo de amor é outro.

Min - Tá todo possessivo, Hannie?

Levou a mão ao queixo do mais baixo virando pra si, o biquinho de sempre naqueles lábios brilhantes pelo gloss que você julgaria ser algo natural do corpo do Han, nunca o veria sem eles.

Min - Tá com medo?

Han - Não me faz rir, Minho.

Olhou o mais velho nos olhos, era como se estivesse sem roupa alguma, de alguma forma Minho parecia enxergar pra além daquela casca que ele tinha, todos os sentimentos que nunca disse, tudo...

Changbin - Minho, então voc... Porra, foi mal.

Min - De boa.

Incentivou o amigo a continuar, enquanto soltava o azulado e voltava a mexer no armário se vestindo devidamente.

Min - Passo. Tô de boa pra festa. Além do mais,tem treino amanhã, sem bebidas, em.

Avisou, mesmo sabendo que os membros do time provavelmente beberiam.

Changbin - Mas você não disse que gostava da Sora?

Min - Eu disse que ficaria com ela, Binnie.

Penteou os cabelos húmidos, pegando sua mochila e trocando com a de Han, nunca entendia o que ele tanto carregava, aquela bolsa era tão pesada.

Changbin - Acreditei que vocês tinham terminado.

Ouviu a risada do amigo e sorriu também, antes que ele saísse
Algumas coisas nunca tem fim. Han e Lee know eram uma delas.
O mais velho morava sozinho, em um ape pequeno a duas quadras do colégio, os dois andavam lado a lado em silêncio, tinham um relacionamento que evoluía a cada dia, mas não ousavam nomear. Era fácil sentir um ao outro, como se existisse mesmo uma conexão que ligava os dois, Han estava triste.

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oi, rs. obrigada se leu
até aqui.

sorry, i'm not romanticOnde histórias criam vida. Descubra agora