Prólogo

244 33 14
                                    

Notas:

Repostando porque eu literalmente havia excluído (insira choro de arrependimento por não ter deixado nos rascunhos)

Para quem acompanha minhas fanfics no spirit saibam que eu sai de lá e não voltarei tão cedo. (Se acontecer alguma coisa aqui, me procure no ao3 como LadyElariel)

Enfim, boa leitura!

Prólogo

“Era uma vez uma Família Real. Cruel. Sanguinária. Gananciosa.

Guerras e mais guerras mancham seu histórico. Sangue e mais sangue penetra em seus lençóis brancos. Gritos e mais gritos dançam em seus ouvidos na hora de dormir.

Vilarejos foram devastados diante de sua ira. As crianças eram brutalmente assassinadas por sua sede de sangue. Os inocentes eram escravizados e terras eram tomadas à força por conta de sua ganância. E as mulheres, eram utilizadas para satisfazer sua luxúria…

Aqueles que não cumpriam suas ordens eram cruelmente castigados.

Aqueles que ousavam desafiar seu poder eram brutalmente assassinados.

Até mesmo seu próprio povo sofria com suas vontades obscuras…

E de todo o sangue derramado, de todos os crimes que foram cometidos por suas mãos profanas, nasceu um demônio. Um demônio formado por seus desejos mais imundos e obscuros. Um demônio que tem força suficiente para destruir cidades inteiras. Um demônio sedento por sangue e com fome de carne humana.

Um monstro.

O vilarejo de Erikell não é assombrado por um tirano qualquer.

O vilarejo de Erikell é assombrado por um monstro demoníaco.

Com medo de ser massacrado pelo novo monstro que os governa, o povo de Erikell se reuniu para discutir uma estratégia que o mantivesse seguro, e assim, foi decidido que eles mandariam oferendas de paz à criatura. Uma pessoa do vilarejo seria escolhida e mandada ao Palácio para satisfazer seus desejos, e os doentes sem salvação eram mandados para satisfazer sua fome.

Desse jeito, o povo de Erikell nunca mais foi incomodado pelo monstro, mesmo assim, ninguém ousa colocar os pés na floresta quando a noite cai. Ninguém ousa sussurrar seu nome nas ruas ensolaradas. Nem mesmo os estrangeiros ousam encarar suas estátuas por tempo demais…”

— Pai, chega, o senhor está assustando o Innie. — Yeji diz, vendo seu irmãozinho mais novo se agarrar ainda mais em HyunJin, seu irmão mais velho.

Seu pai, YoungChul, para de contar a história, sorrindo docemente para o garotinho de sete anos que tem os olhos assustados.

            — JeongIn, meu anjo, se está com tanto medo, poderia ter me dito para parar antes.

— É mesmo. — Comenta HyunJin, um sorriso zombeteiro atravessando seu rosto ao se dirigir ao irmãozinho que se encolhe em seu colo — Eu não vou limpar seu colchão caso você faça xixi no meio da noite.

— Ei! — Retruca JeongIn — Eu não tô com medo!

— Não, você só está tremendo. — HyunJin bagunça os cabelos do caçula e então o abraça. — Não se preocupe! O grande e incrível HyunJin está aqui para te proteger!

JeongIn faz uma careta, tentando se soltar do aperto do irmão.

— Prefiro a mana.

Yeji abre um largo sorriso enquanto HyunJin abre a boca em descrença.

— Seu ingrato… — HyunJin larga o irmão e o empurra para o lado no colchão. — Nunca mais fale comigo.

HyunJin vira as costas para JeongIn, recebendo risos pela atitude dramática.

Claro que tudo isso não passa de uma brincadeira.

— Espero que você seja capaz de perdoá-lo, Hyun. — O patriarca da família diz, risonho. — Mas, agora, todos vão para a cama. Temos muito trabalho a fazer amanhã.

Ele se levanta da cadeira de balanço e beija a testa de seus três preciosos filhos.

— Boa noite, minhas crianças. — Ele diz, pegando um candelabro e indo até a porta.

— Boa noite, pai. — O coro de vozes anuncia e então a porta do quarto é fechada.
JeongIn pula nas costas do irmão mais velho, rodeando os bracinhos no pescoço e deixando um beijinho em sua bochecha.

— Eu falei brincando, tá? Gosto de você e da mana igualmente. — JeongIn fala.

— Sério? Não acredito em você.

HyunJin se joga para trás, fazendo o irmãozinho cair de costas no colchão de palha com ele em cima. As gargalhadas de ambos os garotos ressoam pelo ambiente, logo sendo caladas pela voz repreensiva da irmã pedindo silêncio.

— Ouviram o papai: é hora de dormir. — Ela diz, indo até o candelabro e apagando as velas.

O Príncipe de ErikellOnde histórias criam vida. Descubra agora