Capítulo 24

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Estou esperando a minha vez para entrar na sala do diretor, tem um aluno lá dentro, fiquei sabendo que ele tinha brigado com seu colega de turma.

Vejo ele saindo da sala com o seu olho esquerdo roxo e os olhos cheio de lágrimas.

- Senhor Ash Endrick. - Escuto o diretor me chamar.

Entro na sala dele e logo avisto sua xícara de café, ele está olhando pra mim sem entender o motivo de eu estar ali.

Então apenas sento e falo.

- Não estou me sentindo bem. - Ele balança a cabeça positivamente e pega o telefone, imagino que vai ligar pra minha mãe.

- Olá senhora Alessandra, seu filho não está se sentindo bem, preciso da sua permissão para que ele vá embora. - O diretor diz sério.

- Ok, tenha uma boa tarde. - Seu tom foi amigável. - Está liberado, pode ir, mas tome cuidado. - Ele pegou sua xícara e deu um gole no café.

Balanço a cabeça e saio da sala, caminho pelo corredor fazio e silencioso ou talvez eu só esteja perdido em meus pensamentos que não consigo ouvir mais nada além deles.

As palavras de Elizabeth voltam em minha mente "ESQUECE ISSO ASH, ISSO FOI UM ERRO" sinto meus olhos se enchendo de lágrimas, então saio da escola o mais rápido possível e vou até o estacionamento, chego no meu carro.

E para a minha infelicidade Vitoria está ali, encostada no meu carro, quando eu olho pra ela me dá vontade de estrangular essa garota.

- Oi Ashizinho. - Ela disse vindo em minha direção. - Você está bem? - Seu tom era tão doce que me dava vontade de vomitar.

- Não te devo explicação de nada. - Falei com um tom seco.

Saí de perto dela e caminhei até meu carro para abrir a porta, quando eu ia entrar Vitoria fecha a porta.

- Ash! - Ela me chama.

- Porra me deixa em paz! - Berrei e ela foi dando passos para trás.

- S-so quero saber se você está bem! - Ela gaguejou. - Você saiu da sala e não parecia nada bem. - Seu tom baixou.

- Já te falei que não te devo explicação nenhuma, me deixa em paz. - Entrei no carro e bati a porta, quando liguei o carro para ir embora Vitoria gritou.

- Foi ela, não foi? Foi aquela vagabunda da Elizabeth. - Ela berrou, acho que a escola inteira escutou.

Quando ela chamou Elizabeth de vagabunda a raiva tomou conta de mim, saí do carro e peguei Vitoria pelo pescoço, ela não conseguia falar estava sem ar e em choque, ela batia em minha mão querendo que eu a soltasse, mas quanto mais ela batia, eu apertava seu pescoço.

- Você não tem a porra do direito de falar assim dela! - Gritei.

- Des-desculpa. - Sua voz foi um sussurro.

- Não tem desculpa, eu só não te mato aqui e agora porque estamos na escola. - Falei em seu ouvido enquanto ela esperneava. - Porque se não, te torturava de todas as maneiras possíveis, te jogava no mato e faria parecer um acidente. - Joguei ela no chão que respirava com dificuldade.

Deixei ela ali jogada no chão, peguei meu carro e fui para casa.

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