Capítulo 27

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- Ash... - Susurrei seu nome.

- Diga docinho. - Ele se virou pra mim.

Respirei fundo, criando coragem para dizer a ele o que estou sentindo, fiquei uns 3 minutinhos ainda em silêncio, apenas olhando pra ele, voltei a olhar para o lago.

- Eu ando sentindo coisas estranhas sabe, já tem um tempinho. - Falei respirando pesadamente e sei que ele também está. - Quando vejo você com outras garotas eu fico com ciúmes, não sei por que e as vezes tenho pensamentos meio fora do normal com você. - Respirei fundo e continuei. - Meu coração acelera toda vez que te vejo, sinto sua falta de segundo em segundo. - Olho pra ele que está vidrado em mim.

- Elizabeth... - Meu nome sai como um susurro de sua boca.

- E naquele dia em seu quarto eu senti tantas coisas, tantas emoções que não sei explicar. - Baixo a cabeça com vergonha. - Me senti segura, senti que aquele momento fosse único, que só tinha a gente no mundo. - Ele pega meu rosto e o levanta. - Meu coração tava acelerado antes mesmo da gente transar e eu não sei por que
porra, tenho frios na barriga toda vez que ouço sua voz. - Ash me olha com um olhar doce.

- Ah Elizabeth... - Seu tom foi de surpresa. - Eu... - Quando ele iria falar eu o cortei.

- E eu. - Sinto meu rosto corando pelo o que eu vou falar. - Me toquei no seu banheiro no mesmo dia em que a gente transou. - Ash está com um sorriso perverso no rosto. - Ver você só de toalha me deixou com tesão e minha buceta tava pulsando, então tentei pensar em outra pessoa enquanto me tocava. - Falei sem jeito. - Mas não conseguia gozar, aí pensei em você. - Sinto minhas mãos tremendo.

- Porra docinho, toda vez que te vejo me dá vontade de tirar sua roupa e te foder ali mesmo. - Ele fala sem um pingo de vergonha. - E você acabou de falar que se tocou pensando em mim, caralho.

Olho para Ash e consigo ver seu pau duro dentro da sua calça de pijama.

- Você sente o mesmo que eu? Ciúmes, frio na barriga, saudades toda hora... - Perguntei ainda envergonhada.

- Sim docinho, sinto tudo isso e um pouco mais. - Ash me puxou pra perto dele. - Que merda tá acontecendo com a gente Elizabeth? Por que estamos nos sentindo assim? - Ash susurra.

- Talvez estamos... - Quando eu iria falar um carro passou.

- Está tarde docinho, melhor irmos para casa. - Ash me deu a mão e me ajudou a se levantar.

- É melhor. - Falei em um tom baixo.

- Vou te acompanhar até em casa. - Ash falou todo fofinho.

- Eu posso ir... - Não consegui terminar.

- Vou te acompanhar e ponto.

Acenei com a cabeça, Ash e eu começamos a andar pelas ruas vazias em completo silêncio, não falamos nada desde que saímos do lago, o silêncio entre nós não é ruim, é bom, é reconfortante e calmo.

Avisto minha casa, Ash se vira pra mim e me dá um selinho. E eu conto os segundos.

1,2,3,4,5,6 ele me deu um selinho de 6 segundos.

- Boa noite docinho, te amo. - Ele me abraçou e ficou me esperando entrar, assim que entrei ele se foi, indo no meio daquela escuridão.

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