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24 DE DEZEMBRO, 18:37 - VÉSPERA DE NATAL

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24 DE DEZEMBRO, 18:37 - VÉSPERA DE NATAL


 Azar

1. sorte contrária; revés, infelicidade, infortúnio

2. acaso, sorte, eventualidade

Rebecca Lewis não acreditava em sorte ou em azar, pelo menos não até anunciarem uma nevasca repentina no jornal, faltando apenas uma hora para o fim de seu turno, na merda da véspera de natal.

" Uma forte tempestade de neve acaba de atingir a cidade Boston. Após diversas ligações ao corpo de bombeiros e a policia, as autoridades confirmaram o alerta em casos extremos, confirmaram também a falta de energia em quase metade da região. As ruas estão repletas de carros, engarrafamentos em todos os cruzamentos.. As autoridades reforçam a importância de se abrigar em um lugar seguro e não saírem de suas casas.

Aqui vão algumas precauções: Caso você esteja caminhando  e uma nevasca está se formando, procure o local fechado mais próximo e abrigue-se até ela acalmar. Tenha sempre números de emergên- "

 A voz metálica que saia da televisão do pequeno estabelecimento foi abafada pelo som de um sino, que tocava sempre que a porta se entreabria. A ruiva ainda olhava incrédula para a caixa de metal acima do balcão quando notou uma figura conhecida adentrar ao estabelecimento coberto de neve.

Talvez agora ela acreditasse que não só o azar realmente existia, mas também que sua maré de azar estava prestes a começar.

- Você só pode estar brincando comigo - Ela murmura assim que Christopher Sturniolo, o capitão do time de hóquei da sua escola, aparece em sua frente.

- Boa noite, eu, hmm... gostaria de pedir uma caixa de donuts para viagem - O garoto diz enquanto Rebecca o encara incrédula.

- O que está fazendo aqui?

- Comprando Donuts? Achei que estivesse na 'Donuts Town', a não se que tenha entrado na loja errad-

- Não, está na loja certa, mas... Você não olha o jornal não?

- Você é bem educada né moça? Acabei de sair de um táxi - Chris dirige seu olhar para a pequena televisão, sendo surpreendido com a noticia da tempestade - Puta merda.

- É, puta merda - Rebecca concorda.

- Então se está tendo uma nevasca lá fora, o que você está fazendo aqui ainda?

Lewis aponta para seu uniforme amarelo gema indignada. Aquele garoto só podia ser idiota.

- Estou trabalhando. Tenho horários a cumprir.

- Rude. Bom, já que é assim, pode cancelar meu pedido, preciso ir para casa rápido.

- Pode tentar a sorte - Ela aponta para a televisão novamente - Aposto que quando virar a esquina, seu táxi ainda estará lá preso no trânsito.

- Impossível.

- Pague para ver, Rei do gelo.

A ruiva vê Christopher se virar e sair porta a fora, batendo os pés igual uma criança mimada. Ela sabia que ele iria voltar, e a ideia de virar a plaquinha de 'closed' na porta e se esgueira para debaixo do balcão parecia ótima. Ela com certeza não aguentaria ficar ali com o Sturniolo.

Longos 15 minutos se passaram até o sino irritante da porta tocar novamente.

- Estou indo de a pé. - O moreno anuncia.

- Você não pode, gênio.

- Os carros estão parados, não só nessa rua, mas nas próximas 3 quadras também. Não tem outro jeito.

- Onde você mora? - Lewis o questiona.

- Já esta querendo saber meu endereço gatinha? Nem um jantar antes? - Christopher diz com um sorriso divertido nos lábios enquanto se escora no balcão.

Rebecca revira os olhos com desdém.

- Estou falando sério garoto, - Ela bufa.

- Só uns vinte minutos daqui - Chris pensa um pouco na possibilidade - Não posso passar meu natal aqui.

- E eu não posso te deixar sair daqui.

- Calma gata, cárcere privado não é a solução está bem? Temos um pedaço de mim para todas.

- Eu tenho empatia, seu idiota - Rebecca bufa - São vinte minutos de carro, a pé uns 40, com sorte. Esta nos jornais. Você pode pegar uma hipotermia e até morrer. Ser sequestrado talvez.

O garoto chega mais perto e se escora no balcão, ficando frente a frente com Becks. Ela o olha de cima a baixo, analisa suas roupas, seus cabelos cobertos de neve, suas bochechas rosadas. 'Merda de garoto bonito', ela pensa.

- Vou fingir que isso não é uma desculpa para que eu fique aqui preso com você. - Ele pisca descaradamente enquanto a menina revira os olhos pela milésima vez no dia. - Tá encarando demais, vê se não baba, Gata.

Chris se vira enquanto manda um beijo no ar para a garota. 

Qual a probabilidade de alguém ser preso por homicídio em uma véspera de natal? 

Qual a probabilidade de alguém ser preso por homicídio em uma véspera de natal? 

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𝑺𝒏𝒐𝒘𝒇𝒂𝒍𝒍 - 𝑪𝒉𝒓𝒊𝒔 𝑺𝒕𝒖𝒓𝒏𝒊𝒐𝒍𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora