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3 capítulo
[Vitória]
Ficamos mais uns 20 minutos aqui deitadas na cama esperando para que desse o horário de irmos para a fogueira.
Ficamos falando tanto da vida alheia, que até esquecemos que tínhamos que sair, porém o despertador tocou nos lembrando do compromisso.

Já se passaram 5 minutos que o despertador tocou, e continuamos fofocando.
Mas agora tomamos vergonha na cara e com extrema preguiça nos levantamos da cama.

Calçamos nossos chinelos combinando e saímos do chalé.

Só de pôr um pé para fora do quarto, já senti o bafo de calor me abraçando.
O lugarzinho quente.

A noite está recém começando.
O sol ainda está se pondo, deixando o céu em tons quentes de laranja, mesclando com um roxo, meio rosa.

Estamos andando por todo acampamento meio sem rumo, já que não fazemos ideia de onde essa fogueira fica.
Mas com um milagre, demos de cara com um mapa gigante parado na nossa frente.

Sabe aqueles mapas que encontramos em parques aquáticos, é um igualzinho, só que mostrando os lugares do acampamento.
Mas esquecemos que quem estava tentando entender o mapa, são duas tapadas, então óbvio que continuamos perdidas e que o mapa só nos ajudou a ficar mais confusas.

Continuamos andando sem rumo algum, até que começamos a escutar leves sons de músicas e de pessoas conversando.
Passamos a seguir os barulhos e conseguimos chegar até a fogueira.

À medida que nos aproximamos de onde todos estavam, o calor ia aumentando por conta do fogo alto que estava no meio dos alunos.
A maioria das pessoas já estão reunidos em volta da fogueira, todos sentados em um tronco de madeira e conversando.

Pagamos o preço por termos ficado enrolando para sairmos do chalé, por que agora eu e Luiza, muito provavelmente teremos que sentar nas folhas secas que estão caídas pelo chão, já que todos os lugares estão ocupados.

Procuramos algumas de nossas colegas e nos juntamos a elas para podermos esperar a noite de fogueira de fato iniciar.

...

-boa noite alunos, espero que todos estejam animados para essa noite incrível e inesquecível - a diretora do acampamento aparece ao lado do menino de cabelos escuros de mais cedo - é com muito prazer que os recebo de braços abertos para essa temporada de férias que tenho certeza que será incrível.
Meu sobrinho, Théo, passará entregando dois marshmallow a vocês e um graveto artificial - ela diz dando ênfase no *Théo*.

Já temos duas informações do garoto que ficou me encarando na hora do almoço, uma é que ele é sobrinho da Mônica, e a outra é que ele se chama Théo .

Paro de escutar tudo envolta quando vejo Matheus sentado ao lado de uma menina e com uma de suas mãos na coxa dela.
Tudo que eu havia comido durante o dia, ameça a sair a qualquer momento.

Mas que palhaçada é essa.
Tudo bem que não era de se esperar menos, já que ele me traiu, mas mesmo assim, é bem difícil o ver com outra garota, ainda mais na minha frente.

Ele percebe que eu estava os olhando, e rapidamente tira sua mão de cima dela.

Volto a realidade com um marshmallow na minha cara.
Levanto a cabeça e Théo está com a mão esticada me oferecendo os marshmallow e o graveto.
Ele me olha com curiosidade, provavelmente ao reparar que meu rosto está avermelhado e com os olhos lacrimejando.

O agradeço ao pegar as coisas de suas mãos e me viro engolindo o choro.
Tudo que eu não preciso é chorar na frente dos outros.

Tento me encaixar no assunto em que as meninas estão falando, mas a cena dos dois não para de se repetir em looping na minha cabeça.
E o pior, eu conheço a menina, já fomos amigas por muito tempo.

𝐎 𝐂𝐇𝐀𝐋É 𝐀𝐎 𝐋𝐀𝐃𝐎 | 𝐔𝐌 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄 𝐃𝐄 𝐕𝐄𝐑Ã𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora