-5

1 1 0
                                    

5 capitulo
[Vitória]

Eu simplesmente apaguei.
Faz uns 5 minutos que eu abri os olhos, mas a dor de cabeça, provavelmente pela quantidade de choro da noite anterior, não me deixa levantar.

O sol já iluminava todo o quarto, e com muito desprazer, descobri que fora dos chalés tem caixas de sons, já que desde que eu acordei uma música está repetindo em looping "hora de acordar, vem tocar café" com a batida de funk.

Óbvio que Luiza está dormindo igual uma pedra, já que pode cair uma bomba do lado dela, que ela vai continuar dormindo.

Com o corpo pesado, levanto da cama e vou em direção ao banheiro, pra lavar o rosto pra ver se eu desperto um pouco.
Ao ver meu reflexo no espelho, tomei um susto com meus olhos inchados, parecendo que eu levei um soco.

Jogo água gelada no meu rosto na expectativa não só de despertar, mas agora, desinchar meu olho também.
A água não me ajudou muito, já que ainda pareço um zumbi, vou ter que dar um jeito antes dos jogos começarem.

Saio do banheiro, voltando ao meu quarto, já me preparando para a saga de tentar acordar a Luiza.
Como sempre, ela está dormindo de olhos abertos, parecendo que saiu de um filme de terror.

-Luiza, vamos tomar café da manhã - primeira tentativa totalmente em vão.

-Levanta Luiza, já estamos atrasadas - segunda tentativa, pior do que a primeira.

Pelo visto, só chamar ela, não vai adiantar de nada, então subo em cima dela, e começo a chacoalhar.

Sem entender nada, Luiza abre os olhos lentamente e fica olhando para o meu rosto, como se quisesse falar "você é louca?.
Ela continua imovel e sem dizer uma palavra, apenas me olhando, como se só ela tivesse acordado e a alma dela ainda estivesse chegando.

Saio de cima dela, e me sento de frente a minha mala para escolher a minha roupa.

Por enquanto, eu vou me vestir com uma roupa qualquer, e depois do café da manhã, eu ponho uma roupa mais apropriada para os jogos.

Pego as roupas, necessaire e uma toalha e vou para o banheiro.
Disse que ia tomar banho na volta da fogueira e não tomei, tô toda xexelenta já.

Espero que um banho fresco me acorde.

...

O refeitório está extremamente cheio, sem lugar algum para sentar.

Estamos andando entre as mesas procurando um lugar que nos caiba, mas pelo visto, realmente não tem nenhuma mesa vazia para podermos sentar.

Luiza diz que a mesa do Diego tem lugares vazios, mas eu me recuso a sentar lá.
Prefiro sentar no chão do que sentar novamente com esses garotos nojentos.

Luiza bate o martelo e decide que iríamos sentar lá e ponto.
Iniciamos uma discussão baixa para não chamar a atenção dos outros.

Disse que as pessoas iriam sair das mesas já já, mas entrou em um ouvido e saiu pelo outro, já que ela simplesmente virou as costas para mim e seguiu para a mesa de Diego.

Se ela pensa que eu vou seguir ela só por causa dessa birrinha, ela está bem errada.
Voltei a procurar mesas, lá eu não me sento mesmo.

Meu olho para em algumas cadeiras vazias, só havia um garoto sentado nela, o sobrinho da diretora.
Ele não se importaria se eu me sentasse lá né?

Vou até a mesa dele e me paro em frente.

-Posso me sentar aqui? não achei nenhum outro lugar.

Acredito que ele tenha estranhado meu pedido, ou talvez não gostado, já que ele me olhou de cima a baixo com a sobrancelha arqueada.
Meio sem entender muito a reação dele, mordo o interior da minha bochecha, faço isso quando estou tímida ou desconfortável com algo.

𝐎 𝐂𝐇𝐀𝐋É 𝐀𝐎 𝐋𝐀𝐃𝐎 | 𝐔𝐌 𝐑𝐎𝐌𝐀𝐍𝐂𝐄 𝐃𝐄 𝐕𝐄𝐑Ã𝐎Onde histórias criam vida. Descubra agora