1. Tarde Ensolarada

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Ser quem eu sou nunca foi fácil, desde que me conheço por gente, sei que sou gay. Tenho dezesseis anos, 1,80 de altura, cabelos loiros, pele clara, olhos castanhos escuros. Eu me acho bonito, meu nome é Víctor, antes que eu esqueça, sou bem rico, minha mãe ficou com toda a fortuna da minha família, já que ela é a única filha de meus avós que faleceram.

Eu tenho apenas dois amigos, Julia e Gabriel. Particularmente, são as únicas pessoas que eu considero meus amigos de verdade, pois sempre estão comigo, nas horas boas e nas horas ruins.

05:00 AM.

Eram exatamente 05:00 AM de uma segunda-feira, meu despertador tocou, abri meus olhos e o mal-humor logo se espalhou por todo o meu corpo, meu dia já estava começando ruim, não aguentava levantar da cama de tanto sono. "Vamos Víctor, se os idosos conseguem acordar cedo, você também", pensei comigo.

Me levantei e fui para o banheiro, meus olhos ainda estavam querendo se fechar. Lavei meu rosto na água fria e me olhei no espelho, estava acabado, tirei toda minha roupa e fui para um banho morno, estava ótimo e me despertou. Sai de lá e fui fazer minha higiene pessoal. Vesti uma roupa bonita para ir à escola, eu estava lindo utilizando meus óculos de grau com armação preta, um boné laranja e uma roupa descolada que tinha comprado na semana passada.

Sai do meu quarto totalmente lindo, e desci as escadas, olhei para minha mãe na mesa tomando café da manhã.

- Bom dia filho - disse ela.

- Bom dia Dona Ísis - Respondi ela pelo nome apenas para provoca-la. - opa, perdão mamãe.

- Bobo, você não vai tomar café ou comer algo? - pergunta minha mãe.

- Infelizmente já escovei meus dentes e estou atrasado para a escola, como algo lá.

- Tudo bem então filho, se cuide.

- Claro - Peguei minha mochila, meu celular e saí de casa andando de apé até o ponto de ônibus escolar, cada aluno pagava trezentos reais para o ônibus buscar e levar. Ou seja era um ônibus próprio da escola em que eu estudava.

O ônibus chegou rapidamente, entrei no ônibus e passei minha carteirinha de estudante, Julia já estava sentada em um dos bancos, ela estava com fones de ouvido e me viu, soltou um leve sorriso e virou para o lado. Sentei-me na janela ao lado dela depois de passar na catraca do ônibus. Coloquei meus fones e fiz o"foda-se", fiquei escutando algumas músicas até que Julia, me cutucou e eu retirei os fones.

- Como foi o final de semana? - pergunta Julia.

- Você sabe, você me viu fazendo algumas coisas erradas na festa - respondi.

Ela apenas deu risada, tinha certeza de que estava zoando com minha cara. Um pouco antes do final do trajeto o ônibus para e entra Gabriel, ele estava muito bonito com seu cabelo loiro prateado (ele é hétero), sentou no banco de nossa frente e começou a dar risada da minha cara.

- Você está horrível com essa cara de sono - falou ele.

- Obrigado por falar Biel, eu ia falar - responde Julia.

- Vocês estão é com inveja pelo motivo de eu ser mais bonito que os dois juntos - respondi secamente.

- Pode até ser mais bonito, mas com essa cara, nem seu primeiro namorado de quando você tinha cinco anos, vai te querer - Julia respondeu secamente e Gabriel deu uma risada maior que o mundo.

- Nossa, obrigado, vocês são amigos de verdade - falei.

- ESTAMOS AÍ PARA ISSO - os dois falaram em coro, pareciam que tinham até ensaiado.

O Peso da Culpa (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora