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Meu nome é Darya Aton. E eu fui feita órfã, pela falta de "humanidade".

Minha mãe e eu éramos, o que muitos chamam, ciganos.
Andávamos de um lado para o outro pelas cortes e terras humanas. Conhecemos todas elas. A última que colocamos os pés foi a Corte Noturna.

Andamos por muito, até chegar as famosas Estepes Illyrianas. Nós tínhamos conhecimento do quão difícil era lidar com aqueles machos. Mas precisávamos.
O Grao-Senhor daquelas terras haviam nos convocado, assim que souberam que tínhamos colocado os pés em seu reino.

Eu e mamãe achávamos que era por algum motivo a parte. Porque a todo prazo, vendiamos objetos de todas as terras, aquilo era nosso sustento.
Mas, infelizmente, estavamos enganadas...

O ego inflado daquele ser, foi capaz de se expandir e ser ferido pela nossa- palavras dele- presença em suas terras.
Disse que era um desrespeito tais fêmeas terem tamanha liberdade de viverem livres de afazeres, obrigatórios, de mulheres.

Eu me lembro a todo momento o que aconteceu assim que colocamos os pés naquele acampamento.

.

Eu e mamãe carregavamos as grandes mochilas, e com dificuldade, arrastavamos o carrinho de madeira na neve, que caiam livremente acima de nós. Me fazendo tremer de frio, mesmo empacotada em casacos velhos.

_ Espero que ele pague muito, mamãe. Precisamos de roupas de frio. - disse com a voz trêmula

_ Ah minha pequena Darya. procuramos um lugar quente para ficar. Eu lhe prometo. - me olhou com os olhos brilhando em amor

_Espero que sim, mamãe. - sorri, ajeitando a grande mochila nas costas

°
_ Esse é meu filho, Rhysand, futuro Grão-senhor dessa Corte. O trouxe para... conhecê-las. - sua voz grave, fez meus ossos tremerem ainda mais

_ Eu me chamo Nalu, e essa é minha filha, Darya, temos a honra de estar diante das suas majestades. - fizemos uma breve referência em respeito - Esperamos que gostem, e sintam-se a vontade de ver nossas mercadorias. - o sorriso em seu rosto, esquentava meu peito, e fazia o frio diminuir um pouco

Mas o que veio do Grão-senhor depois da fala de minha mãe, me fez encolher novamente.

- Ah eu sinto muito. - colocou as mãos para trás, em uma pose de puro poder - Mas não estamos interessados em suas, - olhou para nossos objetos, todos organizados e enfileirados, havíamos levado um tempo em organizar na pequena tenda que nos disponibilizaram - bugigangas.

Eu vi minha mãe franzir o rosto, e a olhei com o semblante confuso. Não entendendo o que ele quis dizer com aquilo.

_ Então, o que o senhor poderia desejar ? - ela deu um passo para trás, se pondo em minha frente, como se me protegesse

_ Seu extermínio. - o ar ficou pesado derrepente, e vi uma névoa negra, salpicada em pequenos brilhos nos rodear

A mão de minha mãe anvolveu meus ombros, tampando totalmente minha visão. Senti o aperto fortificar, e passos pesados na neve.

_ Mamãe? - sussurrei, minha voz embargada, e os olhos embaçados em lágrimas - O que está acont..

Corte de Danças e SonsOnde histórias criam vida. Descubra agora