Capítulo 8

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Olá povo meu voltei, espero que estejam bem, perdão pela demora nunca fui pontual e estou na correria mas espero que gostem bjs.

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EMPRESA foi o lugar que desejou ser acompanhado por Bonnie e não saberia dizer a razão ao certo além de que queria garantir pessoalmente que não se esforçasse como tinha feito nos últimos dias, obviamente nunca chegou a dizer por ele mesmo não entender a necessidade de querer o bem estar da mesma.... no fundo se quisesse admitir estava indo além da função de bom chefe... era quase primitivo o instinto de cuidar de Bonnie novamente.

Evitou refletir por hora os sentimentos conflitantes de a querer perto e longe ao mesmo tempo, ridiculamente contraditório. Era como uma chama no frio.

Ao chegar no grande prédio Salvatore  foram recebidos sem perguntas ao atravessarem o saguão o brasão da família com oliveiras emaranhados num S dourado estampando no chão da empresa sem passar pela recepção como protocolo institucional, ainda estava acima das regras agora como CEO.

Os olhares e burburinhos vieram mal disfarçadamente e pela primeira vez em muito acreditava que as críticas vinham não direcionados a ele por ser o chefe implacável mas a pequena figura que o seguia passos atrás curiosa e vislumbrada com o luxo e pompa da arquitetura e decoração propositalmente criada para dar aquela sensação aos que entrassem.

Era curioso como destoava desde as roupas ao comportamento esperado e apesar de ter se trocado tirando o uniforme sóbrio que não a favorecia e estar usando um dos vestidos que tinha no guarda roupa com a estrutura simples azul com detalhes em relevo de flores com bolinhas com o ar alegre que era adorável e encantadora para ele mas estranha ao ambiente formal mas optou por ignorar qualquer expressão ou observação em favor de seguir para o elevador num ritmo que não a prejudicasse muito acreditando que no fundo talvez fosse a melhor roupa que tivesse para ela no momento considerando o histórico familiar talvez fosse.

Mas apesar das cores alegres tudo em sua expressão parecia contido e silencioso, era esperado depois das revelações e últimos encontros desastrosos mas ainda assim era estranho como ver uma chama se apagando... ele também se manteve em silêncio sem saber como agir pela primeira vez em muito tempo se sentia desajeitado conversando com uma mulher, era quase irônico diante de quem era, não que acreditasse que Bonnie fosse reclamar do silêncio bem verdade era que se calou durante o trajeto todo no carro e isso apesar de considerar louvável em outras pessoas que tendiam a falar de suas qualidades incessantemente de forma cansativa com o objetivo de encantar nela o silêncio o estava incomodando.

Queria sondar seus pensamentos saber se era a dor ou seus problemas pessoais que a enfiaram no próprio mundo mental... Queria saber tudo sobre ela especificamente e isso o perturbou. As portas do elevador da empresa se fecharam quando entraram na pequena caixa de metal.

Ela suspirou e ele se encostou na parede recuando a observando enquanto a mesma se sentou no chão encarando os pés após apertar para a cobertura onde o andar de sua sala ficava encarando os pés e mãos unidas com força os nos ficaram brancos pela pressão, talvez nervosismo.

O pensamento lhe ocorreu "Tem medo de elevador? "

Bonnie negou colocando a cabeça apoiada nos joelhos fazendo uma careta de desgosto como se tivesse comido algo estragado "Cansada" justificou sem o olhar.

Ergueu as sobrancelhas surpreso que mentisse tão mal como uma criança emburrada.

O bolso vibrou novamente olhou o celular encontrando milhares de mensagem optando por ignorar, podia sentir a dor de cabeça recorrente voltar de forma gradativa que o obrigaria a se entupir de remédios novamente. Voltou com o aparelho no bolso, estaria ali para o trabalho não para dramas aquelas mensagens ficariam sem respostas.

"Porque exatamente me trouxe aqui?"

A pergunta repentina e genuinamente desinteressada  destinada a quebrar o silêncio incômodo era a que justamente não tinha resposta. Os olhos veridianos se voltaram para ele e prendeu a respiração por um momento pela profundidade deles, ela era quase uma pintura viva uma obra de arte mas obviamente alheia a ciência da própria beleza talvez por baixa alta devido ao tratamento.

Mas ele não era um menino mais a ser levado tão facilmente a algo que podia ser manipulação desde o princípio, ainda agiria com cautela... Não iria se deixar ser quebrado ou dobrado por ninguém mais.... por beleza mais etérea que tivesse, não pretendia ir além do que já estavam pelos céus seria um absurdo ter algo com uma funcionária que não tinha onde cair morta. Não estavam nem em mundos diferentes eram universos e quanto mais cedo percebesse isso melhor seria para ambos.

Ainda sim não tinha uma resposta, suspirou buscando no fundo da mente uma desculpa plausível para,  não sei realmente.

"Preciso de alguém para fazer  anotações " disse coçando a barba por fazer, refletindo deveria raspa-la. O raciocínio rápido sempre fora seu ponto forte desde a faculdade. Pela expressão óbvia que se seguiu deveria ter alcançado sucesso. As portas se abriram e pode ouvir os passos o seguindo como esperado.

"Onde está sua secretária?" questionou enquanto alcançavam o corredor.

"Sempre faz tantas perguntas senhorita Bennett?"

Rebateu parando frente a porta. Não era sua intenção agir de forma ríspida mas era automático agir de forma menos polida e diplomática até usar o sobrenome foi por zombaria se fosse atenta notaria a pitada de sarcasmo que escorregou antes que impedisse.

O rosto ganhou um tom rosado e ela coçou a ponta do nariz respirando devagar a veia pulsou no canto da testa. E lá estava! Um nervo uma reação óbvia de irritação.

Mas Bonnie se conteve de forma admirável " Certo senhor não é de minha conta foi curiosidade"

O senhor foi pronunciado de forma ridiculamente lenta e infantil. Mulheres criaturas curiosas! Pensou consigo abrindo a porta e se dirigindo a mesa repleta de papéis a analisar. A verdade deveria servir de alguma serventia deu a volta antes de sentar na cadeira apontando para a outra cadeira menos adornada a sua frente sinalizando para que se sentasse.

Suspirou antes de iniciar ao que provavelmente poderia destruir a imagem mental que poderia ter criado de Giuseppe, a verdade que poucos sabiam:

"Minha última secretária morreu com meu pai numa viagem, eles eram amantes estavam indo a praia quando um caminhão bateu na traseira do carro deles e os matou na hora"

Meu Sheike CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora