Não pode ter sido eu
Está vendo? A direção no qual o gesso se projeta
Um vizinho barulhento? Um namorado irritado? Nunca saberei. Eu não estava em casa
Espio dentro em busca de uma pista
Não! Não consigo ver. Eu giro, cega, como um filme deixado no sol
Mas é tarde demais. Minhas retinas.
Queimando com uma cópia permanente de imagem sem sentido
É só um buraco pequeno. Não era brilhante demais.
Era profundo demais.
Se esticando para sempre rumo ao tudo.
Um buraco de escolhas infinitas.
Agora eu percebo que não estava olhando para dentro.
Estava olhando para fora.
E ele, do outro lado, estava olhando para dentro.
Será minha desconfiança aberta por trás de tudo isso? Ou o medo que sobrecarrega meus ombro e ofusca minha respiração?
E na esperança de achar algo lá dentro,
meus olhos já tinham se perdido em algum lugar.
Literalmente um golpe forte na escuridão, onde nunca saberei o que realmente procuro.
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Desenterrando feridas que transformei em poesia
PoésieDesenterrando feridas que transformei em poesia um livro de poemas sobre amores platônicos, sobre traumas, ausência, falta e aceitação. Esse livro transporta quem o lê em uma jornada por momentos amargos da vida e encontra uma forma de aprender com...