Flores de sangue • Volume 1

corra, meu rei. - capítulo 1

Capítulo 1
Um dois dias após a coroação do novo rei, um dos últimos deuses que existem no mundo. Ele resolve fazer um baile para comemorar o novo reinado. Oque está a acontecer?

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Vestidos grandes, ternos charmosos, sons de sapatos e saltos rangido pelo grande salão de baile. Moças e seus rapazes indo de um lado para o outro criando um espetáculo digamos que... Admirável.

Mas tem aqueles que estão andando de um lado para o outro, porém não estão dançado, são muitos os casais que não estão com interesse de se juntar a dança. Há outros, são aqueles que não tem companheiras ou companheiros.

Muitas vezes, essas pessoas sem pares vêm para arranjar parceiros ou parceiras. Como anfitrião do baile e recém nomeado rei, eu já teria uma parceira para essa noite. Ou não?

Vou em direção a uma grande mesa onde guardamos as bebidas, não iria beber algo alcoólico em um baile no qual eu estaria responsável, seria imaturo.
Pego uma das bebidas e me afasto da mesa. Com isso, acabo passando por várias moças me assediando com seus pedidos de casamento e implorando por uma única noite junto a mim.

Consigo escapar daquele mar de abraços e pedidos. Vou para um dos cantos do baile, não gosto de barulho, entro em um dos milhares de cômodos privados e abro a janela, pego um cigarro e o acendo logo em seguida bebo um pouco da bebida, escuto um barulho atrás de mim, alguém havia entrado, olho para trás.

Vejo homem alto, talvez tivesse 1,98 de altura, sendo uns 4 a 5 cm mais alto que eu. Tinha uma arma em seu quadril que era segurada por um cinto de couro negro, tirando isso ele usava roupas apropriadas para o baile. Cabelos negros como a noite, e uma única mecha branca que estava sendo segurada por sua orelha esquerda. Usava luvas de couro e um tapa olho em seu olho esquerdo, o único olho que estava exposto lembrava.. Um certo vermelho vibrante, como uma lua sangrenta. Conheço aquele olhar.. Era hipnotizante

O rapaz percebe minha presença e fica com uma expressão levemente surpresa, seguida por um sorriso.
- posso me juntar a você? diz erguendo um cigarro com sua mão direita indo em minha direção.

Saio do transe de seu olhar e concordo com a cabeça, mostrando meu isqueiro e soltando um sorriso leve sem mostrar os dentes. O rapaz vem até mim ficando ao meu lado, eu abro o isqueiro e o acendo, ele coloca o cigarro no fogo. Guardo o isqueiro olhando para a janela que continha uma das paisagens mais glamourosas de todo meu reino.

O rapaz coloca uma das mãos no peitoril da janela -não se lembra de mim, não é? - coloca o cigarro na boca, logo o tirando e soprando

- Sinto muito, mas eu realmente não me lembro, poderia me lembrar quem seria? - coloco meu cigarro em um apoio que tinha na mesa que abaixo da janela.

- Sou um velho amigo, não se lembra mesmo, meu Império?

Ao ouvir aquele apelido, eu sabia quem era aquele homem, não pude deixar de sorrir, mas ao mesmo tempo, sentia uma tristeza imensa se expandir, eu sabia porquê.

- Perseu.. - pego meu copo de bebida e bebo o deixando pela metade

- Me desculpe ter ficado tanto tempo longe, meu Império..

Eu o olhei, coloquei meu copo na mesa.
- não me chame por esse apelido mais, meu nome é Mikhail.

- Entendo, rei Mikhail. - joga o cigarro fora - sabe que tive motivos para sumir..

- Que motivos, Perseu? Por que motivos você iria simplesmente sumir?! - continuo olhando para o rapaz cerrando um dos punhos, até ele olhar para mim também. Sinto o silêncio se espalhar pelo cômodo chegando a um ponto de ser constrangedor. Volto a olhar para a paisagem, mas o silêncio não sumiu