🌻 Oie, gente. Sejam muito bem-vindos a Extraordinário. Eu me chamo Mavi e espero muito que alguém leia e goste de minha bichinha <3
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Escócia 1092
Os gritos de Lady Park Evelline eram escutados por todo o castelo.
As criadas faziam o alvoroço entrando com baldes e panos úmidos pela porta de seu quarto. Nenhuma delas parecia expressar nada além de preocupação evidente pelo que acontecia, assim como também, nenhuma explicação clara chegava aos ouvidos de Lorde Park Bearnard.
Suas últimas notícias foi que sua amada esposa acabara de entrar em trabalho de parto do seu segundo filho, e que devido a fragilidade de sua gestação, o resultado daquela noite poderia ser catastrófico para ambos. O dia não estava correto. A chegada da criança veio antes do previsto. A tempestade que assolava do lado de fora não ajudava a apaziguar a angústia de seu coração.
Ele andava de um lado para o outro, agoniado e desejando com todas as forças derrubar aquela porta e agarrar a mão de sua mulher e dizer a ela que estaria tudo bem em breve. Mas, temendo ser um empecilho que a desandasse, o padre Malcolm Breakspear o manteve ao seu lado, o entretendo com orações e pedindo ajuda ao divino.
Mas o divino não os escutava.
Todos no clã imploravam pela vida de Evelline e sua criança. Velas podiam ser vistas através das janelas dos vilarejos. Como uma corrente de orações.
A cada grito estridente da Lady, o castelo inteiro tremia e as vozes aumentavam em busca de conforto. As trovoadas eram apenas um raio vazio de esperança.
Evelline começou a chamá-lo.
Bearnard deu um passo pronto para se encontrar com sua mulher.
— Não, meu Lorde — padre Malcolm Breakspear o impediu de prosseguir. — Não será próspero para nosso povo caso o senhor entre. Será atormentado pelas forças malignas. Neste estado, a Lady Evelline também está lutando contra a escuridão.
Nas Terras Baixas, acreditava-se que quando um Ômega está dando à luz, o ambiente em que se encontra é invadido por demônios e por isso, seus gritos eram sofridos, como se estivesse lutando para se manter vivo até finalmente, a criança nascer com a bênção de Deus.
Um Alfa não podia participar de um momento como aquele, afinal, era arriscado absorver a energia ruim.
Os gritos de Evelline cessaram.
Então ouviu-se o choro de um bebê.
Park Bearnard sorriu ao escutá-lo soando tão forte como um touro selvagem.
— Nasceu! — uma criada gritou do lado de dentro. — É um menininho Ômega!
Sua alegria se expandiu ainda mais.
Oh, Deus! Um Ômega! Era tudo que desejava para completar sua bela família.
Bearnard estava pronto para invadir o quarto quando o padre pediu sua permissão para entregar sua bênção à criança antes.
E mesmo que sua empolgação para ver sua esposa e filho fossem incontidas, ele acenou e comemorou berrando aos corredores de que Deus havia concedido um garoto Ômega ao clã.
Alguns minutos se passaram.
As criadas foram deixando o quarto, suas faces estavam retorcidas e seus olhos, com uma tristeza imensa.
O Lorde temeu.
— Está tudo bem com minha esposa e filho? — ele exigiu saber.
Em um instante, toda sua alegria se esvaziou.
O padre apareceu segurando um amontoado de panos cinzas em seus braços. Sua expressão era de puro terror.
— É o demônio, Lorde — ele disse. — Esta criança é um demônio. Ele matou nossa Lady.
Bearnard adentrou o quarto e encontrou o corpo de Evelline frágil e cheio de sangue na cama.
Segurou em sua mão e deixou as lágrimas caírem quando não sentiu a quentura de sua pele. Estava fria e sem vida. Havia partido.
Lady Park Evelline estava morta.
— Mate o demônio, senhor — o padre Malcolm Breakspear fez o pedido.
Park levantou os olhos ao homem de Deus e sentiu fúria pelo o que ele segurava em seus braços.
Ergueu-se e retirou a espada de seu quadril pronto para entregar o fim ao responsável por tirar a vida de sua mulher.
— Está vendo, Lorde? Não é algo de Deus — apontou ele para o que tinha em mãos.
Quando Park o segurou em seus braços e o pano escorregou revelando a face infantil e o corpo miúdo, sentiu-se fraquejar.
Era apenas um bebê.
Um lindo e adorável bebê, a qual possuía os mesmo traços delicados de Evelline, e apertava suas mãos pequenas e coloridas com força. Sua última observação chamou a atenção do Lorde. Ele possuía manchas brancas em sua pele e corpo, como se estivesse faltando cor.
— Meu filho... — sussurrou Bearnard deixando sua espada cair assim como suas lágrimas. O abraçou com ternura e cuidado.
— Não é uma criança, Lorde Park. Não se deixe levar pela fragilidade desse ser — argumentou o padre.
Bearnard o encarou com ódio.
— Ele não é um demônio! É o meu filho! — esbravejou com um rosnado.
Bearnard o deu as costas ao padre e levou a criança consigo, deixando Malcolm Breakspear em assombro.
Em orações, ele dizia:
— Que matou nossa Lady e que possui a marca da besta em sua pele. Este ser trará desgraças ao nosso povo — sussurrou o padre. — Ele tem que morrer.
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O jimin tem vitiligo [ Doença que causa despigmentação da pele na forma de manchas. ] E nessa época doenças que não tinham explicação eram vistas como "coisas do diabo".
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Personagens Principais
Milorde Park Jimin
Lorde Jeon Jungkook
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Extraordinário •Jjk+Pjm•
Fanfiction| Em andamento | Jikook/ABO | Longfic | Lorde Jeon Jungkook é conhecido como um guerreiro destemido por seus inimigos, de temperamento selvagem e uma força brutal nos campos de batalhas. As histórias sombrias de que o líder Jeon é um homem bárbaro e...