Extraordinário •Jjk+Pjm•

Capítulo 05

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Demorou-se três dias e meio até a chegada à fortaleza Jeon. A terra que pertenceu a Lorde Jeon Coinneach foi por muitos anos considerada condenada pela hostilidade do solo infértil a qual não produzia sua própria fonte de cultivo. Os moradores na época mendigavam por migalhas que os guerreiros conseguiam em caçadas para manter o povo e o clã vivo. Saqueando.

O antigo líder dos Highlanders não era alguém que sentava-se em uma mesa para discutir assuntos de guerra com aliados. Considerava debates como conversas afiadas, que não levariam a nada além de perda de tempo. Ele era impulsivo, e resolvia seus conflitos nos campos de batalhas com um grito de guerra.

Foi o Lorde mais sedentário que a Escócia já teve, até então.

Após a morte de Coinneach por uma enfermidade que surgiu em seu corpo e o torturou até seu último suspiro, Jeon Jungkook, filho bastardo do Lorde assumiu as responsabilidades do falecido pai e fez jus a sua honra. Mesmo quando um Lorde morreria em disputas e cheio de inimigos, ele partia aliviado e em paz pois sabia que seu sucessor vingaria cada um de seus adversários. Era mais do que comum um filho tomar as dores do pai. Continuar suas batalhas e suas guerras.

Quando aquele que lhe deu um teto e a honra de ser chamado de herdeiro se foi, Jeon Jungkook eliminou todos que seu falecido pai tinha como adversário. A expansão de seu clã foi ouvida por cada canto da Escócia, como pássaros carregando a mensagem de que o novo Lorde Jeon era ainda mais cruel. E este era seu título: Jeon Jungkook, O Cruel.

Coinneach nunca demonstrou interesses políticos em fazer alianças com os clãs. Ele sabia que uma união poderia garantir ainda mais poder, como também, amenizar a onda de inimigos que conquistou. O falecido Lorde nunca chegou a conversar com Jungkook sobre o futuro de seu povo, ou se importar com as próximas gerações de seu sangue que carregaria seu sobrenome e legado. Mas, mesmo que o pai não tenha colocado em palavras o que desejava, Jungkook sabia de seu papel para dar continuidade à linhagem.

O casamento, entretanto, nunca tinha sido uma preocupação.

Um dia, teria que se render aos votos sagrados e procriar o máximo de filhos que conseguisse. Deixar uma vasta linhagem para comandar no futuro.

Porém, faria isso com um Ômega de seu povo, para garantir o sangue puro de um Jeon e abafar os burburinhos contra ele. Seria cuidadoso em sua escolha para aquele que carregaria sua semente tendo certeza que seriam fortes e saudáveis.

Mas nunca achou que seria tão cedo, quando seu único desígnio estava na cama de meretrizes de estrada, casos rápidos de uma noite qualquer onde nunca mais voltaria.

Sua paixão estava nas lutas, nas emoções que a guerra proporciona e na conquista que seu povo teria. Não tinha tempo e cabeça para lidar com uma união. Como poderia?

E veja só, a cobrança de um ato de gentileza havia o colocado naquela embaraçosa situação.

Poucos dias atrás, Jungkook a nomearia de horrível. Conquanto, mudou completamente de opinião e infernos, ele não era alguém que mudava seus critérios tão facilmente.

Sua palavra era como lei e ele a seguia sem voltar atrás.

— Um mensageiro veio ao nosso encontro, Lorde Jeon — anunciou Hoseok, seu primeiro comandante em sua guarda e seu braço direito. Jungkook acenou, ordenando-o que prosseguisse. — Estava certo, eles estavam no aguardo do jovem milorde.

— Espero que tenham capturado todos eles — deu-lhe um aviso breve.

— Sim. Mas acreditamos que tenha mais espalhados por parte do vale Glen Nevis, são como um bando de urubus caçando pelas estradas. E pelo o que o último nos disse, o plano era levar o garoto vivo.