Capítulo dois

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-O garoto tem certa razão… - minha voz os assusta e os vejo procurando onde estou, respiro fundo e saio do esconderijo

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-O garoto tem certa razão… - minha voz os assusta e os vejo procurando onde estou, respiro fundo e saio do esconderijo.

-Nação do Fogo! - o moreno é o primeiro a tomar uma posição defensiva, como se eu fosse atacá-los a qualquer instante, logo os outros dois também estão posicionados.

Não consigo evitar a risada que solto. Atacar não é meu plano, mas o garoto é esperto. Ainda sorrindo levanto meus braços em sinal de rendição.

-Calma aí, não tem com o que se preocupar, não pretendo atacar - mantenho minha voz calma e controlada na tentativa de acalmá-los, o que dá um pouco certo.

Os três relaxam a postura mas continuam com o olhar atento, prontos para agir se necessário. Não julgo, eu faria o mesmo.

-E o que você quer? - é a garota quem pergunta.

-Só estou curiosa, o que jovens que obviamente não são da Nação do Fogo buscam por aqui, principalmente durante um festival?

O grupo troca olhares, presumo que em um diálogo silencioso sobre o que fazer. Eles hesitam, então continuo.

-Pelo que entendi estão a procura de alguém, correto?

-Você tava escutando? - o garoto de rabo de cavalo ergue as sobrancelhas e levanta um pouco a voz - quando foi que você chegou?

-Ora, eu cheguei aqui antes! E vocês não responderam.
Percebo um olhar diferente vindo do Avatar, seus olhos fixos nos meus enquanto sua expressão denunciava que tentava lembrar ou entender algo.

-Tudo bem, podemos confiar nela.

-O quê? Como assim?

-Intuição.

Fiquei surpresa, isso foi mais rápido do que esperava. Agora sou eu que estou desconfiada, no que é que ele estava pensando?

-Respondendo sua pergunta, - Aang continuou - sim, meio que a gente tá procurando alguém.

Assenti lentamente. Quero saber mais, mas pressioná-los não parece uma boa opção. Algo me diz que preciso continuar com eles.

-Entendi… bom, talvez eu possa ajudar. - com a minha fala os olhos do Avatar se iluminam e um sorriso apareceu.

-Isso seria ótimo!

-Então você vem com a gente no festival? - a garota soou receptiva.

-Sim, eu vou.

-Que bom, não vou ser a única garota - ela sorriu - meu nome é Katara, o da cara feia é meu irmão Sokka, este é Aang, o lêmure é Momo e a bola de pelo gigante é o Appa - eu já sabia quem Aang era, claro.

-Sou Kami.

-Kami? Tipo senhor? - o garoto da seta pareceu intrigado.

-Pois é - soltei uma risada - meus pais gostavam do significado - fiz uma pausa enquanto os seguia em direção ao grande animal de chifres antes de revelar o que sabia - então os rumores eram verdadeiros… dois irmãos viajando com o Avatar - eles pararam na hora - qual é, não é nenhum segredo, é bem óbvio na verdade.

-Ainda não confio nela - diz Sokka - e se ela estiver nos levando pra prisão? - rio de novo.

-Garoto esperto, é uma boa teoria, mas não tem como, a menos que queira ir junto - retiro meu retrato do bolso e o mostro - anda, o festival começa já já.

O caminho foi silencioso, senti seus olhares me examinando constantemente. Não é pra menos, eu também estou atenta.

Quando chegamos próximo a cidade observo a paisagem. Um rio corria à direita, há uma ponte mais a frente que dá para o caminho de terra que leva até o portão da cidade cercado por muros, mesmo com eles dá pra ver os telhados azuis.

Aang que está mais a frente se vira para Appa e Momo.

-Fiquem aqui, enquanto vamos ao festival.

O lêmure rodopiou no ar indo para trás da moita que estava ao seu lado e o bisão foi atrás, fofo.

-E agora… - o menino da seta mexeu os braços, como um truque de mágica- preparem os disfarces.

Sokka e Katara vestiram um manto, ambos arrumaram o capuz para que cobrisse seus rostos. Aang também tentava cobrir o rosto, só que com sua roupa. Completamente disfarçado, com certeza ninguém iria o reconhecer. Não sei como não foi pego.

-Parece que é outra pessoa - o outro garoto solta em sarcasmo.

Os três levaram a atenção para mim, esperando meu disfarce.

-Realmente, vocês nunca foram em um festival do fogo antes, né?

-Como assim? - o garoto que não desmanchou seu sorriso em nenhum momento pareceu confuso.

-Em festivais como este a população costuma usar máscaras.

-E onde podemos conseguir uma?

-Em qualquer lugar. É um festival como qualquer outro, com barracas de vendas, muita gente.

-É, talvez a única diferença sejam os guardas do mal nos caçando! - os olhos dele se encontram nos meus e parecem buscar por algo.

-Dos que eu já vi… é, basicamente - desvio o olhar para baixo e começo a procurar o pano preto que sempre carrego no bolso - enquanto não achamos, esconder os rostos parece uma boa opção, é sempre bom estar um passo à frente - assim que acho o prendo em mim, deixando apenas meus olhos de fora.

-Certo, vamos! - o Avatar diz animado começando a caminhar em direção à cidadania.

Meus instintos se alertam quando ouço algo atrás das árvores. Inspeciono, mas não vejo nada, talvez algum animal? Me junto ao grupo ainda vigilante. Melhor me manter atenta.

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Herdeiros: Honra e Glória (Avatar - A lenda de Aang)Onde histórias criam vida. Descubra agora