Por Deus, mas que lugar amaldiçoado é esse?!? O pântano venenoso, as criaturas deformadas, os doentes moribundos implorando por ajuda! Como um lugar como esse existe?!? Como Deus permite isso?!?
Essas pessoas, por que elas foram abandonadas aqui? Criminosos, pessoas aflitas por doenças da mente, aqueles nascidos com deformidades ou simplesmente os indesejados pela sociedade. Talvez por que eles não têm para onde ir?
Isso não importa no momento, atravessei os guetos precários construídos nas paredes dessa fenda infernal na terra, matei os pobres coitados doentes que se colocaram em meu caminho, atravessei um mar de ratos pretos e infectados pela praga.
E isso para quê? Apenas para me encontrar em uma caverna cheia de água fétida com um demônio feito de sanguessugas arremessando partes de seu corpo em minha direção.
Achei que as coisas melhorariam quando transformei o demônio em cinzas, mas eu estava enganado, pois um gigantesco pântano escuro se estendeu em minha frente.
Avistei apenas a água roxa nauseante e as luzes fracas das tochas ao longe, então, sem muita opção, pulei no pântano.
SPLASH!
Oh, Deus, o cheiro, o cheiro! Acho que vomitarei! Levantei rapidamente a frente de meu elmo e despejei os conteúdos de meu estômago na água poluída, embora duvide que isso faça alguma diferença aqui.
Respirei fundo tentando me acalmar, você precisa seguir em frente, Edric, você precisa seguir em frente. O que seus pais pensariam se eles pudessem te ver agora?
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Meu desgosto por esse lugar só aumenta a cada minuto que permaneço aqui. Donzela Astraea e Garl Vinland verdadeiramente vieram até aqui para auxiliar os aflitos?
Bem, duvido muito disso, pois esse lugar está cheio de sofrimento. Hm... Duvido que a Donzela tenha se tornado um arquidemônio, mas se o que a velha me disse for verdade, os dois estão em algum lugar nas profundezas desse vale.
Ou talvez eles tenham morrido e eu pisei em seus cadáveres sem perceber, afinal, é nisso que venho pisando até agora.
Tive a infeliz curiosidade de pisotear o chão com força suficiente para afastar a água momentaneamente, apenas para ficar cara a cara com uma massa de cadáveres em decomposição. Não é à toa que o chão estava tão macio e estalando a cada paço.
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Mas que inferno, mais desses animais monstruosos! Mosquitos do tamanho de cachorros, águas-vivas que se parecessem com escudos, e agora lesmas grandes o suficiente para devorar um ser humano.
A chuva constante caindo sobre minha cabeça não ajudava. Uma água esverdeada e fedida dificultava minha visão. Estou nas profundezas da terra, como é possível chover aqui?
Hm... Algo mais adiante capturou minha atenção, uma figura sentada em uma pedra em uma ilhota.
Preparei minha espada e escudo e me aproximei com cautela. Dialogar com os loucos vestindo trapos quase causou meu fim, não desejo repetir o mesmo erro.
"Saudações, estranho, não esperava encontrar outra pessoa por aqui!" Falei enquanto me aproximava da figura.
A figura se levantou rapidamente e apontou uma estranha espada de lâmina transparente em minha direção. Tive dificuldade em identificar seu rosto graças a meu elmo e à chuva obstruindo minha visão, mas a identifiquei como uma mulher graças a seu porte físico.
"Ora, você é um dos sãos, não é? Sou Selen do Ocidente." A pessoa de armadura dourada falou com uma mistura de surpresa e alívio enquanto abaixava sua espada.
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Drakengard: Flor Demoníaca [Demons Souls X Drakengard Crossover]
FanfictionO Old One voltou ao seu sono, o Segundo Flagelo foi interrompido, o nevoeiro que ameaçava consumir o mundo desapareceu e com ele a horda de demônios. O Matador de Demônios cumpriu sua missão e graças a isso ele foi libertado do Nexus. Se aventurand...