Capítulo 26

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Minha cabeça doía, mil pensamentos me rondavam.

A noite estava só começando e eu não queria dormir, me virei incansavelmente na cama em busca de lugar confortável pra dormir, mas era em vão.

ㅡ o que está acontecendo comigo? ㅡ perguntei, olhei no relógio e marcava duas e meia da noite.

Levantei da cama e vesti uma roupa quente por causa do frio que estava fazendo, desci as escadas e Bonbon junto de Duke estavam dormindo.

Eu caminhava pela rua pouca movimentada, aquela mensagem mexeu com meu subi consiente, lembranças começaram a voltar como se nunca tivessem saído. 

Eu precisava desabafar com alguém, mas não sei quem poderia está disposto a me escutar em plena duas da manhã.

Comecei a correr incansavelmente pela rua em busca de resposta, eu não sabia a onde eu estava indo, meu corpo estava no automático. Quando eu parei me dei conta de onde eu estava, a antiga casa de minha tia, a casa parecia está abandonada fazia tempos, a madeira escura e acabada dava esse contraste.

Eu fui entrando de pouco a pouco, o ranger da madeira era terrível, havia cacos de vidro por todas as partes como alguns papéis espalhados.

Essa casa já me trouxe muitas memórias triste e dolorosas, a escuridão dificultava a minha passagem. As lágrimas começaram a escorrer de meus olhos, raiva, tristeza, era o que eu sentia a cada lembrança.

ㅡ o que eu tô fazendo aqui? ㅡ disse a mim mesma.

Sai daquela casa suja e horrenda, caminhei de volta até minha casa, mas algo me chamou atenção, havia uma pessoa parada no portão.
Quando foi me aproximando a pessoa parece ter percebido que eu havia chegado pois saiu correndo, aquilo me fez repensar se eu deveria realmente ir até minha tia ou não. Quem poderia ser aquela pessoa?

Eu fiquei mais tranquila em saber que os seguranças trabalham vinte e quatro horas por dia, entrei e fui logo deitar, minhas pálpebras começaram a se fechar instantaneamente até que eu caísse em sono profundo.

Dia seguinte.

Lá estava eu, em uma das cafeterías da cidade, eu esperava minha tia Maia chegar para saber o que ela queria de mim, não podia ser por saudade isso eu tinha certeza.

A cafetería era bem escondida, eu fiquei em uma mesa próxima a janela.

Uma mulher entrou, usava um vestido vermelho simples, Tia Maia. As lembranças voltaram a minha mente, aquela mulher que havia cuidado de mim, mas ao mesmo tempo queria a minha morte.

ㅡ quanto tempo, Sarocha ㅡ ela me cumprimenta ㅡ não vai me cumprimentar? ㅡ ela senta a minha frente.

ㅡ não quero, agora me diz o que você tá fazendo aqui? ㅡ sou fria e direta.

ㅡ calma Sarocha, eu só senti falta de você ㅡ ela tenta encosta na minha mão, mas eu não deixo.

ㅡ eu não acredito, me diz logo ou vou embora ㅡ ameaço.

ㅡ tudo bem, você me conhece bem. Eu quero te pedir dinheiro ㅡ Maia fala cruzando os braços, eu sabia.

ㅡ não vou te dar dinheiro, vai trabalhar e assim você vai der o seu dinheiro ㅡ tento me levantar, mas ela me segura.

ㅡ não é pra mim, é para o seu tio ㅡ ela abaixa a cabeça.

ㅡ eu não acredito, você ainda está com ele?

ㅡ ele mudou, agora ele é carinhoso e não faz nada comigo ㅡ ela fala.

ㅡ eu nunca vou ajudar aquele homem, não me procura mais ㅡ saiu as pressas da cafetería.

Como pode isso? Ela foi agredida durante quinze anos e ainda continua com esse maltrapilho, sinceramente eu nunca vou ajudar ele, NUNCA.

Eu caminho pelas ruas de Bangkok totalmente furiosa pela situação. Quando chego em minha casa já havia uma pessoa dentro, eu me assusto, ninguém sabe a senha da minha casa.

Quando entro dou de cara com a Becky fazendo carinho em Bonbon, ela usa um de meus moletons que ficam um vestido nela.

ㅡ Freen ㅡ ela corre e pula em meus braços, seu cheirinho de morango é uma delícia.

ㅡ oi, como você conseguiu entrar? ㅡ vou caminhando ate o sofá e me sentó com ela ainda em meu colo.

ㅡ foi fácil, a sua senha é a data que a gente se conheceu ㅡ ela sorrir.

ㅡ será que preciso trocar?

ㅡ não, vai deixar assim ㅡ ela tenta sair de meu colo, mas eu não deixo ㅡ preciso ver se o bolo está pronto.

ㅡ você fez bolo?

ㅡ sim, espero que não se importe que eu tenha usado sua cozinha.

ㅡ claro que não, essa é a nossa casa ㅡ vejo seus olhinhos brilharem.

Levanto com ela ainda em meu colo e vou até a cozinha, ela olha o bolo e desliga o forno, vou até o balcão e a sento.

ㅡ quando chegou aqui? ㅡ pergunto me colocando entre suas pernas.

ㅡ faz bastante tempo, pra onde você foi?

ㅡ tive coisas pra resolver, mas que que bom que esteja aqui ㅡ a beijei, sua mão rodeou meu pescoço me puxando para ela.

Sua língua invadiu a minha boca, ela puxava meu cabelo e mordiscava meus lábios, o ar foi ficando escasso até que nos separamos.

ㅡ seu beijo sempre é o melhor ㅡ ela disse.

ㅡ o seu que é fantástico ㅡ a beijei de novo.

FreenBecky《•》Angel BabyOnde histórias criam vida. Descubra agora