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Clarke Taylor Griffin pov


Enrique esperou pacientemente Clarke se acalmar, ela se afastou secando o rosto e não permitindo que mais lágrimas cassem. Ele cruzou os braços a encarando.

                             

- Já pode sair do meu quarto agora. - disse desviando do olhar dele.

                             

- Tay, será que podemos conversar? - Clarke soltou uma risada irônica.

                             

- Jura mesmo? E esperou dezoito anos para fazer isso?

                             

O homem de estatura mediana, um pouco barrigudo, cabelos clarinhos quase beirando o branco, expressão cansada dentro de um terno francês giz, preto e sapatos italianos, suspirou.

                             

- Tudo bem, sei que fui muito ausente por bastante tempo, mas eu vinha sendo manipulado por Marichello. - Clarke moveu a cabeça em sentido negativo. - já sei o que está pensando e você tá certa, deixei que ela mandasse em mim, mas por acreditar que essa era a coisa correta a se fazer.

                             

- É sério isso? - virou de costas e passou a mão no cabelo irritada.

                             

- Marichello me convenceu de abrir um amplo escritório de advocacia em Londres, afirmando ela que causas das quais defendemos dariam muito mais lucros lá - torceu o nariz. - e devo admitir, ela estava certa. - Clarke suspirou e Enrique puxou a cadeira da mesinha do computador para se sentar.

                             

- Por que tá me dizendo essas coisas? - virou para olhá-lo. - Já ficou bem claro pra mim que vocês preferiram o trabalho!

                             

- Não foi bem assim...

                             

- Ah então foi como? Fala senhor Hansen! Não sabem nada de mim, não me conhecem, nem o que eu gosto, cor preferida, quando caiu meu primeiro dente ou quando dei meus primeiros passos, sabe, olhando as fotos a única pessoa que vejo comigo é Talita. Ela sim me ama, sempre cuidou de mim e se preocupou também. Sempre!

                             

- Clarke você sabe que passamos por um momento difícil, sua mãe entrou em depressão, precisávamos sair daqui.

                             

- Claro, tinham que ir para longe do problema! Só esqueceram de um detalhe, eu não pedi para nascer Enrique. Não fiz planos de vir ao mundo, então não joguem a culpa em mim. A única coisa que eu desejava era ter um pai e uma mãe que me amassem e se importassem comigo!

                             
- jane eu me importo.

                             
- Você? - riu sem ânimo. - até parece! Não sabem nada sobre mim, não sou uma garota normal como todas as outras.

                             
- Como assim? - franziu o cenho.

                             
-  Agora também não importa, chegaram tarde demais para descobrirem algo de mim, tarde demais. - Enrique coçou a nuca.

🄲🄻🄴🅇🄰 - 𝙸𝚖𝚙𝚘𝚜𝚜𝚒𝚟𝚎𝚕 𝚁𝚎𝚜𝚒𝚜𝚝𝚒𝚛 gipOnde histórias criam vida. Descubra agora