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Desculpem a demora...

                     
                    
Voltei pra casa domingo a noite e mesmo antes de entrar em casa, pude escutar os gritos e alguns soluços. Tentei abrir a porta, mas a chave não conseguia destravar... minutos depois alguém abriu, assim que entrei com um pouco de dificuldade, visto a quantidade de coisas que eu trouxe, vi que mamãe estava com as mãos no rosto chorando forte, meu pai que demorou um pouco, voltava pra próximo do sofá com alguns papéis nas mãos.

                     

Clarke até quis me ajudar a entrar com as coisas, mas consegui convencê-la que não seria uma boa ideia... então minha namorada as deixou perto da porta, e depois de dar-me muitos selinhos ela foi embora. Prometendo está me esperando amanhã de manhã, na entrada do colégio.

                     

- O quê tá acontecendo aqui? – Falei assustada olhando de um para o outro.

                     

- Como foram seus dias na casa daquela aberração Lexa María? Bons? Maravilhosos? Espero que tenha aproveitado, se for julgar pela quantidade de sacolas que está em suas mãos, foram proveitosos sim.

                     

Disse papai e senti uma energia ruim em suas palavras, um brilho perverso em seus olhos como se ele se delícias se com a desgraça alheia, com o sofrimento alheio. Deixei as sacolas em cima do sofá e fui abraçar minha mãe.

                     

- Por que está falando comigo desta maneira papai? O quê houve aqui? Por que minha mãe tá chorando??

                     

- Eu tentei Lexa, tentei fazer você entender que não era o que eu queria pra minha filha, esse tipo de relacionamento que vem mantendo com aquela coisa!! E até permitiu que ela te tocasse! Que fizesse um filho em você!! Então tive que tomar algumas precauções.

                     

- Que precauções? – Minha voz tremeu pelo choro que queria sair.

                     

- Isso aqui querida é um documento muito importante, que sua mãe fez o grande favor de assinar para mim. – Ergueu o papéis.

                     

- Eu fiz o favor?! – mamãe enxugou as lágrimas. - Você seu filho de uma mãe me deu essas merdas pra assinar!! Você me enganou Fernando!

                     

- Querida ninguém lhe ensinou que antes de assinar qualquer coisa é preciso ler. – sorriu com perversidade. - Você foi burra de não ter lido e agora esta casa foi vendida, amanhã logo cedo estaremos embarcando pra Espanha.

                     

Não...

                     

Meus olhos arregalaram. Amanhã? Espanha? Mas e as aulas? O colégio? A Clarke? Eu... Nosso bebê... Como? Isso só pode ser algum tipo de brincadeira, ele não teve coragem de fazer uma coisa dessas, não teve.

                     

- Eu não posso ir pra Espanha. Não quero ir. – As lágrimas já rolavam e minhas mãos e pernas começaram a tremer.

🄲🄻🄴🅇🄰 - 𝙸𝚖𝚙𝚘𝚜𝚜𝚒𝚟𝚎𝚕 𝚁𝚎𝚜𝚒𝚜𝚝𝚒𝚛 gipOnde histórias criam vida. Descubra agora