Capítulo V: O Quarto 59

1 1 0
                                    

O Quarto 59

Após ter saído da entrevista frustrada, fui a sala do director da televisão exigindo que ele expulsasse a Repórter que me entrevistou.

Arabela: - Onde está o Marcos o vosso Director? (Gritava enquanto falava).

Assistente: - Ele está em sua sala Sra.Arabela!

Arabela: - Preciso falar com ele...

Assistente: - Ele está ocupado agora...

Arabela: - Eu disse que exigia falar com ele agora! (Exigi).

Assistente: - Está bem, me acompanhe por favor... Pode entrar!

Marcos: - Wauh, que visita agradável da nossa digníssima Senhorita Arabela! (Fora sarcástico).

Arabela: - Não tem nada de agradável aqui, eu quero que tu demitas aquela repórter agora!

Marcos: - Mas eu não posso demitir a Repórter e Investigadora Lúcia logo agora!

Arabela: - Tem certeza disso, ou você já se esqueceu quem eu sou para esse país e quais influências tenho...

Marcos: - Chamem a Lúcia já para aqui!

Arabela: - Foi o que pensei!

Marcos: - Lúcia você está demitida!

Repórter: - Eu já sabia que seria demitida e também sabia o motivo pelo qual o fariam, porém só tenho a dizer a Sra.Arabela que aproveite bem os seus dias de liberdade, pois os mesmos cada vez mais se parecem contados...

Marcos: - Já chega Lúcia, por favor saia dessa sala e fique longe desse lugar... (Exigiu).

Repórter: - Nos veremos mais vezes doce Arabela! (Falou como se de algo soubesse).

Eu juro que puxara os seus cabelos e começava uma briga com ela, porém mais uma vez decidi manter a calma e ignorar os seus comentários.

[Fábio Narrando]

Dias se passaram e os meus advogados lutavam para tirar o meu filho da prisão. Eles buscam meios que provassem o contrário, por mais que não parecesse que ele fosse inocente.

O quarto 59 do hotel tivera sido fechado com a polícia até que as investigações terminassem. Eu precisava de algo para dar aos meus advogados como forma de trazer a esperança para que eles continuassem lutando por ele.

Como não podia entrar naquele quarto, eu decidi contratar um investigador ou investigadora que estivesse de facto interessado em buscar respostas sobre o que realmente aconteceu naquele dia.

A Antônia mostrou-me a entrevista da Arabela e a Repórter e Investigadora Lúcia, e algo me disse que tinha que procurar por ela.

Uma vez que eu também tinha uns bons contactos me fora fácil a localizar e expor a minha preocupação face ao sucedido. Tal como ela eu também precisava de respostas claras sobre o acontecido no quarto 59 do hotel.

[A Alma Da Samira Narrando]

Com o frasco de comprimidos na mão eu pensava sobre a minha vida toda desde a criancice até hoje que me encontrava prestes a tirar a minha própria vida.

Eu sabia que se caso morresse o Christian seria o maior suspeito pois ele fora o último que tivera entrado no quarto comigo e logo a sua saída encontrariam um corpo morto no mesmo quarto.

Apesar dos apesares eu ainda o amava tanto e sabia que ele era o melhor pai que os meus filhos podiam ter e que para tal eu precisava garantir que ele jamais parasse em uma prisão e colocasse em risco o destino dos nossos filhos.

Eu não aguentava mais viver, porém não podia o arrastar comigo. Por vezes a melhor forma ou opção que temos na vida, é de deixar ir as pessoas mais incríveis não porque elas deixaram de ser o que são para nós, mas porque percebemos que se continuarmos com elas, todos nós acabaremos no fundo do poço.

"Despedir-se Não É Dizer Adeus, É Apoiar E Desejar Sucesso Para Nova Jornada Que O Outro Esteja Apenas Começando Sem Você".

O único jeito de garantir com a maior das certezas era mostrando de forma nítida tudo o que aconteceu. Na bolsa eu carregava comigo uma câmera de gravação muito pequena que ninguém sabia, nem mesmo o próprio Christian.

Comecei gravar com ela e junto ao abajur luminária a escondi, porém gravando tudo e todo o cenário do quarto 59. Por mais que alguém tentasse algo depois, aquelas imagens gravadas serviriam de provas que "provassem" que tive uma morte suicida e que o Christian não tinha nada haver com aquilo.

Duas horas depois de perder a vida, a câmera registrou a entrada e saída de uma empregada que queria arrumar o quarto, porém ao ver o meu corpo correu e chamou os seguranças que minutos depois entraram e fizeram uma ligação.

Não dava para saber ao certo para quem eles ligaram, porém um tempinho depois a mesma câmera registrou a entrada dos policiais que alteraram a cena do crime, longe de imaginar que estavam sendo filmados por uma prova que uma mulher mesmo morta provara que sempre cuida da sua família.

As imagens da câmera não mentiam, porém por falta de carga a mesma se desligou no exacto momento em que eles se deram por satisfeitos e ligaram para sabe-se-lá quem informando que o trabalho já estava pronto.

Não tinha como ser o Christian, mas a pergunta que ficara é, "quem estava por detrás da tentativa de incriminar o Christian?"

"Desistir De Um Sonho É O Mesmo Que Desistir De Viver, Isso Porque É O Sonho Que Nos Eleva E Indica O Caminho Da Felicidade".

DESTINOS QUE NOS IMPEDEM DE SONHAR 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora