Capítulo IX: O Ódio Que Você Semeia

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O Ódio Que Você Semeia

[Arabela Narrando]

Ligação On

Arabela: - Como assim o Christian acabou de ser solto? (Questionara preocupada).

A Polícia Corrupta: - É isso minha Senhora!

Arabela: - Eu quero que vocês o detém e o coloquem de volta no lugar de onde ele jamais devia ter saído!

A Polícia Corrupta: - Isso não será possível!

Arabela: - E porquê não? (Gritei).

A Polícia Corrupta: - Ligue a sua TV por favor...

Ligação Off

Liguei a televisão e vi o noticiário, em quase toda rede nacional se falava da sua soltura.

- Mas eu não mandei que expulsassem essa Repórter? (Me questionava em meus pensamentos).

- Eu vou ligar para o Marcos! (Afirmei).

Ligação On:

Marcos: - Alô...

Arabela: - O que essa cobra está fazendo aí?

Marcos: - Que cobra, porque aqui onde estou não vejo nenhuma...(Estava sendo sarcástico).

Arabela: - Eu estou me referindo a Repórter que você demitiu!

Marcos: - Ohh, a Repórter e Investigadora Lúcia, sim, a contratei novamente e quer saber, a única cobra aqui é você! (Desligou).

Ligação Off

Arabela: - O que você disse? - O quê? - Alô? - Desligou na minha cara?

Não acreditava que ele acabava de desligar a chamada na minha cara. A minha fúria se levantou e eu queria acabar com todos eles de uma vez por todas.

Eu estava carregada de ódio por todos eles e queria que todos fossem ao inferno de uma vez por todas.

Tentei ligar para os policiais corruptos que trabalhavam comigo para encomendar a morte de todos eles, porém a chamada caiu.

Insisti, porém sem nenhum sucesso. Eu estava praticamente desligada de tudo e de todos. Quando tentei acessar as minhas contas bancárias descobri que elas acabavam de ser congeladas.

Ao som da televisão ouvira a voz de uma mulher reportar que os policiais que adulteraram as provas sobre a morte da Samira acabavam de terem sido presos e revelado quem estava por detrás de tudo aquilo.

Meu mundo desabou. A minha máscara caiu. Era o meu fim, mas eu não podia ser arrastada sozinha para o inferno. Carregada de ódio peguei em uma arma e ao sair de casa, no mesmo lugar em que vi o Christian ser preso, a polícia gritou.

Polícia: - MÃOS PARA CIMA, E SOLTE A ARMA!

Eu podia ouvir aquelas palavras até ao interior da minha alma, fiquei tremula e paralisada com a situação.

Polícia: - MÃOS PARA CIMA, E SOLTE A ARMA! (Gritaram novamente).

Não que eu não quisesse soltar, mas estava tão assustada com tudo aquilo que por conseguinte permaneci paralisada.

Polícia: - SE A SENHORA NÃO LARGAR A ARMA A GENTE IRÁ ABRIR FOGO CONTRA VOCÊ!

E de repente despertei e notei que de facto aquilo estava acontecendo, larguei a arma e levantei as mãos. Enquanto a polícia se aproximava eu pensei na possibilidade de pegar na arma e por um fim na minha vida, mas a crueldade do meu coração achara que poderia me livrar de tudo aquilo bastasse ligar para os meus contactos.

Todavia, ao olhar para o lado eu vi descer do carro a Repórter Lúcia e o Marcos gravando tudo em directo e aí sim, foi o fim da minha carreira.

Polícia: - A senhora está presa acusada de implantar provas para incriminar um inocente, acusada de porte de arma ilegal, acusada de praticar a corrupção e de orquestrar a morte do Sr.Fred e de seguida se apoderar dos seus bens como meios para obter riquezas...

Enquanto ouvia os direitos, a polícia me acompanha para o carro e a Repórter mostrava para o país inteiro quem eu realmente era.

Polícia: - Tem o direito de se manter calada pois tudo o que disser pode ser usada contra ti no tribunal. Tem o direito a um advogado, etc.

Com lágrimas nos olhos e dor no coração o ódio que semeiei germinou, cresceu e estava dando os seus frutos.

Apesar ter não ter nascido no berço de ouro, eu tive tudo na vida para tornar-me alguém de alta elite com a ajuda de alguém que eu não soube agradecer em nenhum momento da minha vida.

Fui ingrata e hoje pago dessa ingratidão. Fui corrupta e hoje pago dessa corrupção. Fui assassina e hoje pago desse assassinato. Não só assassinei mesmo que indirectamente, como também a sangue frio destruí todo o legado que o Fred construiu ainda em vida.

Os dias na prisão se passaram até que a juíza em tribunal me chamou e leu a minha sentença. Confesso que se tivesse a pena de morte a mesma me seria atribuída, pois os crimes que cometi me levaram uma prisão perpétua.

"Por Vezes Não É O Destino Que Decide Por Nós, Mas Nós É Que Traçamos O Nosso Próprio Destino".


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