DESTINOS QUE NOS IMPEDEM DE SONHAR 3

Capítulo III: Um Sonho Realizado

Um Sonho Realizado

[Fábio Narrando]

Por um momento eu fiquei pasmo. Fiquei no silêncio total enquanto ouvia a Antônia falar e revelar que eu tivera um filho que mal tive as chances de conhecer ao menos.

Eu não sabia o que dizer e juro-vos que se naquele tempo a mesma me tivesse dito isso, a reação que teria seria a mesma que tenho agora. Por muito tempo eu pensei que só tivera um filho que infelizmente o destino tomou de mim e impediu-me de realizar o sonho de ser avó, sendo que na verdade eu tinha um outro filho que mal conhecera.

Fábio: - Grávida? (Cismei), como assim Antônia? (Perguntei surpreso).

Antônia: - Me desculpe por ter escondido isso de você e só poder lhe contar desse jeito...

"Da Mesma Forma Que O Destino Pode-lhe Impedir De Sonhar, É Do Mesmo Jeito Que Um Sonho Acreditado Pode Se Tornar Uma Realidade".

Fábio: - Eu vivi a vida toda achando que nunca mais podia sonhar e do nada você me diz que por mais que haja escuro, há sempre uma luz no fundo do escuro que só pode ver aqueles que realmente acreditam que a vida só termina quando os olhos se fecham e batemos as botas, pois antes disso tudo ainda é possível... Olhe Antônia, eu quero que tu viajes para cá agora e eu prometo que irei lhe esperar na porta do aeroporto tal como o fiz quando nos despedimos naquele dia. (Falara de forma cativante).

[Antônia Narrando]

Com lágrimas nos olhos corri e peguei nos meus dois netos para viajar ao encontro do avó e posteriormente do pai o qual mais me preocupava.

O bom de ter um jato particular é que você não precisa gastar muito tempo de espera no aeroporto. Acordei os meninos e junto com os seguranças fomos ao aeroporto a correria. Pegamos o vôo e só chegando ao nosso destino depois de 9h de vôo bem exaustivo.

Não foi uma viagem lá tão agradável para mim devido tudo que estava acontecendo e que estava prestes a acontecer. Ao chegar ao aeroporto tal como ele me tivera prometido, estava em sua porta sentado em uma cadeira e dormindo de tanto cansaço que sentia.

Bem vagarosamente me aproximara dele e ele ao sentir o cheiro do meu perfume o reconheceu apesar de já se terem passado muito tempo.

Fábio: - Antônia! (Despertou).

Antônia: - Olá Fabio, tudo bem com você? (O saudei).

Fábio: - Você continua linda como fora a primeira vez em que a vi... (Me elogiou).

[Fábio Narrando]

Ela não disse nada, eu não sabia o que se passava até que dos seus olhos eu vi uma lágrima cair.

Fábio: - Ohh, Antônia, não chores mulher...(A consolava preocupado).

Antônia: - Me desculpe por tudo Fábio, eu não queria que você soubesse desse jeito. Me desculpe por não poder contar contigo e achar que fugir seria a melhor opção... (Falava chorando).

Fábio: - Está tudo bem agora Antônia, não chores está tudo bem, já passou... (Li abracei enquanto a consolava).

Antônia: - Sei que fui insensível. Eu quis comandar meus sentimentos, quis ser forte mas não consegui. Me desculpe por tudo Fábio... (Implorava pelo meu perdão).