CAPITULO 6- Ataque

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Heitor Magnos

Desligo o celular um pouco mais calmo e envio uma mensagem de agradecimento pro meu tio e acho incrível que mesmo sendo tão ocuoado consegue manter tanta coisa sobre controle. Meu pai está envelhenco e junto noto seu desligamento dos negócios. Não que ele será menos respeitado por não ser mais o temido Ceo das construtoras Magnos, mas porque tudo agora esta sobrecaindo nas costa do irmão. Sei que não deveria está sendo tão cauteloso como estou, só que prefiro a forma que meu tio lidar em algumas situações como nesta questão que estou vivendo.

Pai Otto e pai Augusto, sempre vai ser diferentes a questão é que eu sou eu e Lysander é ele. É algo assutador para mim pensar em puxar alguém para o meu mundo perfeito. Posso falhar, machuca-lo ou até mesmo envergonhar ele como parceiro. O dilema na minha cabeça está tão  perturbador que chego me questionar, se nao estou ficando louco? Claro que não.

Todo mundo em um momento da vida encontra ou vive a questão do primeiro amor. Alguns mais novos outros mais velhos ...a questão é saber viver a intensidade do amor. Meu pai por exemplo se casou com seu grande amor e por mais que meus avós paternos tiveram uma união e dois filhos, eles foram a desgraça um do outro. Meu medo é ser isso para o garoto que brinca na grama com a sobrinha.

E  o medo agora multiplica por existir uma criança no meio desta história toda.  Ela vai crescer um dia e talvez aponta o dedo na minha cara E me acusar de assassinato e Isso me causaria danos ao longo prazos, pois eu perderia  o amor da mim vida. Entre eu e ela, eu serei sempre a segunda opção, posso saber só de vê-lo, sorrindo, com os braços abertos para sobrinha que engatinha passos rápidos para ele. Talvez a sua felicidade seja a simplicidade deste momento.

Um bom lugar para se morar, com pouco barulho e bem suave agitação. A cidade de Linston é quase uma  Texa nova iorquino. Pequena, porém a economia parece girar ao redor dela. Muitas propriedades milionárias, rendendo empregos e lucros, como a Fazenda dos meus pais. Cresci nesta terras e amando cada detalhes dela e mesmo seguindo a carreia de médico, meu divertimento é os leilões de cavalos. Nunca fiz uma compra errada de um belo alazão. Somos número um na importação dos melhores animais que um competidor, colecionador de cavalos pode querer. Tecnicamente a Fazenda se tornou mais minha casa do que minha cobertura. Por isso, meu pai trouxe ele para tão pertinho de mim.

Mesmo estando perto, parece muito mais longe de mim do que quando eu era seu professor na Universidade. Acho que o que me fascinou, foi sua disponibilidade de sempre ser o primeiro. Nunca correu de uma resposta de uma oportunidade de se destacar. Eu gosto da timidez que ele possui nos olhos e da inteligência que flui. Sua voz é doce e o dia que me abraçou, senti paz. Creio que seja meu primeiro amor, mas infelizmente  não sei como amar .

— É como andar de cavalo pela primeira vez.

Me assusto  com a voz, grossa do Du Carmo e ele tira seu chapéu, se encostado na porta da camionete e olhando para mesma direção.

— Eu era novo quando desgracei com a minha vida.

Tiro os meus óculos é dou um sorriso. Merda!

— Foi um amor muito insano. Eu montava no Brasil, era pião de rodeio. Conheci a maldita lá. Era a mais simples das amigas com os vestido brilhando, igual pisca, pisca de natal. Umas árvores ambulantes.

Solto uma risada, gostosa. Por me divertir com as história do meu amigo e ele respira fundo. "Fudido" como ele se denomina.

— Mais a maldita, era simples, jovem e simples , como eu. Me encantei e me fudeu.

Gargalho, encostando a costa no banco e ele se inclina para dentro, dando leve batidas na porta.

— Bora para fazenda, que hoje tem leilão e o patrão me pediu para vender o "manhã azul".

Me ensine a te Amar.Onde histórias criam vida. Descubra agora