Capítulo 23 - Tapete vermelho

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"Park, traga sua bunda aqui, ou você vai perder!"


Roseanne suspirou quando a voz de Jennie a arrancou do espaço abençoadamente sem pensamentos que ela conseguiu encontrar enquanto limpava as coisas da aula de reanimação cardiopulmonar que eles haviam dado para a tropa de escoteiros mais cedo.


Era seu primeiro turno de volta após o acidente, e sem o refúgio seguro da companhia de Lisa para manter os fantasmas daquele dia afastados, ela foi forçada a encontrar outra coisa – inferno, qualquer outra coisa – para manter sua mente ocupada. Lisa tinha voado naquela manhã para Nova York para sua estreia, então também não era como se ela pudesse simplesmente pegar o telefone para ligar para ela.


"Paaaaaark!"


Ela jogou de lado o pano de limpeza que estava usando para limpar os manequins enquanto se virava para ela e perguntava: "De que porra você está falando?"


Ela saltou na ponta dos pés e acenou para ela com um aceno energético. "Vamos!"


"Jennie, estou guardando essa merda." Ela suspirou e apontou para a pilha de bonecos que ainda precisavam ser limpos e guardados. "Não pode esperar?"


"Não. Vamos. Você vai adorar isso."


"A única coisa que eu adoraria agora é..." Ela se interrompeu. Melhor não ir lá. Mesmo que Lisa não fosse embora em um mês, não era como se ela pudesse simplesmente ficar com ela, de qualquer maneira.


Jennie lançou-lhe um olhar que dizia que ela sabia muito bem o que estava prestes a dizer, e Roseanne se irritou com a pena em sua expressão. "Deixa para lá. Não fala nada."


Ela assentiu. "Tá bom. Então, vamos. Você vai querer ver isso."


"O que Reed fez o Aspira fazer desta vez?"


"Nada. Agora, ande, ou eu vou até aí, pego sua bunda e carrego você para a sala eu mesma. E você sabe que se eu fizer, os meninos nunca vão deixar você esquecer isso." Quando ela apenas arqueou uma sobrancelha para ela e não se moveu, ela implorou em um tom mais gentil: "Vamos, Rosie. Acredite em mim. Você vai gostar disso."


Roseanne bufou e se abaixou para fechar a tampa do recipiente de lenços desinfetantes que ela estava usando. "Ok."


Uma vez lá dentro, ela desviou para o escritório de despachante, onde Hank estava de barriga para cima no sofá, tirando uma soneca bem merecida depois de bancar o anfitrião do bando de garotos de doze anos que haviam descido na estação mais cedo. Hank era ótimo com crianças mais velhas e, apesar de sua energia caótica de filhote, levava a sério seu trabalho como embaixador da estação. Em um dia normal, Roseanne o teria deixado dormir, mas se ela não pudesse ter Lisa, ela teria seu cachorro.


"Ei, Gen," ela chamou. Os olhos de Hank se abriram ao som de sua voz, e ela sorriu ao ver a forma como a língua do filhote caiu com um sorriso bobo. "Vamos, você. Vamos ver o que os meninos estão fazendo."

Um Amor de Verão (ChaeLisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora