revelations and disappointment;

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Entramos com cuidado na casa de Dallas, procurando em todos os cômodos Emily, mas não tivemos nenhum sucesso.

— O único andar que resta é lá em cima. Mas pode ser uma armadilha. – Justin sussurrou destravando a arma que segurava.

— Então vamos lá. – corri em direção às escadas.

— Onde pensa que vai? – perguntou num sussurro assim que chegamos ao andar de cima. Puxou-me pelo braço e me prensou na parede.

— Me solta. – grunhi deixando a arma cair de minha mão. Esbarrei em uma mesa derrubando uma estátua, fazendo com que ela se quebrasse em pedacinhos. — Viu o que você fez? Acabou fodendo tudo. – o empurrei pegando a arma do chão.

— A única coisa que eu fodo é você. – o loiro retrucou.

— Que surpresa ter vocês dois aqui. Pensei que nunca chegariam. – uma voz nos interrompeu. Olhamos para o lado e vimos Emily.

— Sua vadia. – Justin grunhiu mirando a arma em sua cabeça. Emily apenas riu debochada.

— Vá! Atire logo em mim! Assim vocês nunca saberão quem matou o precioso filho de vocês. – revirou os olhos.

— Sua vadia! Conta quem foi agora! – puxei seus longos cabelos ruivos que agora estavam lisos.

— Hanna! Não! – Justin exclamou. Prensei Emily contra a parede e vi que seu lábio inferior possuía um pequeno corte que sangrava.

— Você acha mesmo que eu vou contar? Prefiro morrer a contar. – riu debochadamente. Dei uma coronhada com o cabo da arma e a ruiva caiu no chão.

— O que caralho você fez? – o loiro perguntou pegando Emily no colo.

— Ela não ia contar. Pra que ficar escutando ela dizer bobagens? Só não a matei porque ela pode ser útil.

— Tenta ser útil pelo menos uma vez na vida Hanna. Você não precisava ter feito isso. – falou indo em direção a um quarto qualquer.

— Está insinuando que sou inútil? Olha, eu tô me esforçando nessa merda toda mais do que você. – coloquei a arma em minha cintura.

— Eu tenho certeza que não. – riu fraco.

— Você diz que está do meu lado, mas você não sentiu a mesma dor que senti quando perdi nosso filho. – contraí a mandíbula e meu corpo foi lançado bruscamente contra a parede.

— Porra Hanna! Para! Não viemos aqui para ter discussões bobas e sim para pegar essa vadia e ver se conseguimos descobrir quem foi o desgraçado que matou nosso filho!

— E você acha que eu não estou aqui para isso? Pelo amor de Deus! Não pense que só você se importa com tudo isso porque não é. Eu estou dando o meu melhor, vai por mim. – o empurrei para trás e coloquei as mãos entre os fios de meus cabelos os bagunçando por completo.

Justin se sentou na cama ao lado de Emily que ainda estava desacordada e um silêncio se formou entre nós. Conseguia ouvir sua respiração ofegante e meu coração bater descompassadamente. Sentei-me no chão e apoiei minhas mãos sobre meus joelhos.

— Deus... O que aconteceu com a gente? – perguntei olhando fixamente para o chão.

— Hanna, me desculpe. Eu não quis brigar com você, eu... – o loiro olhou para o chão e suspirou.

— Vamos logo embora. Conversamos outra hora. – falei limpando uma lágrima que havia escapado de meus olhos. Andei em direção a porta e Justin me seguiu com Emily em seus braços.

Forced Marriage (livro dois)Onde histórias criam vida. Descubra agora