Desirée,
Um dia eu morro, mas esse dia não será hoje. Estou aqui deitada em uma maca de hospital me questionando como uma gripe chegou ao ponto de me deixar internada para tomar soro na veia de tão fraca que eu estou. Meu nível de febre subiu tanto que nem vi quando o médico que me atendeu aplicou uma dosagem de paracentamol na veia. Eu apenas percebi que ele estava lá olhando para mim com seus olhos negros e seu jaleco branco quando ele tocou no meu cabelo para medir a febre com o termômetro.
E não, não sei se ele é casado nem prestei atenção se havia alguma aliança em sua mão. Eu estava mal demais para ver esses detalhes que só você costuma prestar atenção.
A única coisa que eu desejo é voltar para casa, para perto do meu Julieto e tomar um chá ao lado da janela de madeira observando a paisagem dos morros verdes tomando uma cor rosada pelos Ypes. Você sabe que essa é a minha época preferida, a natureza ganha ainda mais cor e a vida fica ainda mais divertida.
Falar em divertida, sabe como peguei essa gripe, indo nadar no rio perto da Fazenda dos Guimarães. Tenho certeza que você lembra da última vez que fomos lá, o quanto foi divertido aquele dia. Eu quase morri de susto com aquela cobra delizando pelas pedras na beira do rio e você gritando a chamando de Mãe d, água. Confesso que ainda não consegui me abitutar com essas tradições culturais, no entanto, fico feliz em saber que a preservação é mais importante que o desmatamento e que até consigo me surpreender comigo mesmo. A alguns anos traz eu não conseguiria colocar os pés dentro daquela água sem lembrar da moradora exótica. Já hoje, penso quando vou voltar a nadar denovo, atravessando de um lado para outro como os peixes que o nosso amigo José gosta de pescar nos sábados atarde.
Como é a vida, cheia de mudanças! Me deseja melhoras!
Beijos
Ina
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Desirée
RandomDesirée, espero que um dia você possa ler e entender o que para tu parece bobo para mim é o motivo de eu amar o universo