Capítulo 01

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Lena POV's

  Olá, me chamo Helena Vanserra. Mas meus amigos me chamam de Lena, tenho uns 329 anos. Eu e meu irmão gêmeo, Lucien, não nos damos bem com a nossa família e não é segredo para ninguém em Prythian. Minha relação Beron nunca foi a mais saudável do mundo, Eris foi mais meu pai do que ele.
  Eis me contou há anos o que fez com a prima do Grão-Senhor da Corte Noturna para me proteger, obviamente fiquei assustada com o que aconteceria comigo. Mas, eu preferia que fosse comigo do que com a garota que minha melhor amiga considerava irmã naquela época. Inclusive, me contou que não teve participação no assassinato de Jasminda a mulher que Lucien amava. Esse foi o motivo da partida do meu gêmeo para a Primaveril, eu fui junto mas não para a terra das flores. Helion, Grão-Senhor da Corte Diurna, me acolheu em sua corte e me ensinou tudo o podia e sabia. Me tornou sua imediata e general de elite de seus exércitos. Me ajudou com meus poderes e com as asas, percebemos que eu era a mais poderosa da minha família e decidimos deixar isso em segredo por enquanto.
  Há 50 anos, recebemos um convite de baile de Amarantha. Uma general de Hybern quem veio a Prythian em sinal de paz, mas algo me diz que ela estava nos enganando. Alertei Helion, ele nunca ignorou meus avisos que sempre estavam certos no final. Quando chegamos em Sob a Montanha, um local sagrado em Prythian, vimos todas as cortes presentes e só a Primaveril usava máscaras. Percebi Rhysand encarando Tamlin que estava desconfiado das ações de Amarantha o que só reforçou minha desconfiança sobre o que estava acontecendo. Desde que chegamos não bebi ou comi algo por pura desconfiança, ao contrário de Helion que estava se acabando em tudo que lhe oferecia.
  Amarantha revelou que havia um feitiço de contenção na bebida que fazia nossos poderes ficarem armazenados nela, por fora eu estava neutra mas por dentro estava fervendo de ódio. Meus poderes ainda estavam comigo, só diminui a intensidade do meu cheiro para que não desconfie, Helion me encarava com culpa brilhando em seus olhos já que se recorda de minhas palavras dizendo para não encostar em nada. Amarantha armou tudo isso para se tornar Grã-Rainha de Prythian e tornar Tamlin seu consorte, nunca que me curvaria a esses dois de boa vontade. O loiro azedo teve a audácia de abrir a boca e dizer que é meu parceiro, o encarei incrédula com sua ousadia e mentira. Amarantha me encarava com fogo nos olhos, essa obsessão de Tamlin por mim só vai me prejudicar com a vadia ruiva. Afirmei que não havia laço de parceria entre nós dois, pois preferia ser parceira do assassino de sua família do que ser parceira de alguém covarde como ele.

 Afirmei que não havia laço de parceria entre nós dois, pois preferia ser parceira do assassino de sua família do que ser parceira de alguém covarde como ele

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  Com o passar dos anos, me tornei a melhor amiga de Rhysand nesse inferno que se tornou em Sob a Montanha. Por passar a noite com ele no quarto por minha segurança, acabei ganhando o apelido de "A Vadia de Rhysand". Descobri o que a infeliz da Amarantha fazia com ele, admito que passei a admirá-lo por ser forte para aguentar tudo isso durante séculos. De uns tempos pra cá, comecei a demonstrar "interesse" em Amarantha, queria tentar tornar esses momentos mais suportáveis para o macho que devia me odiar.
  Por incrível que pareça, descobri que sou damaeti. Rhys tem me ajudado muito a treinar e melhorar meus escudos mentais e entrar na mente de outras pessoas. O que tem servido de grande ajuda e distração desse inferno de lugar.
  De alguma forma, eu senti que o nosso sofrimento de 50 anos estava chegando ao fim. Só não sabia, exatamente, quando e decidi guardar essa informação para mim por enquanto. Hoje era o Calanmai na Primaveril, eu e Rhys fomos liberados para ir averiguar o festival. As gêmeas me arrumaram do jeito que gosto, bem ousado mas que demonstra poder e Rhys adora isso em mim.
  Assim que pronta, ele nos atravessa até a Primaveril. Vejo todos se divertindo conforme a música tocava, pensar que não estavam sofrendo dos abusos da vadia como as outras cortes me causa ódio e inveja. Saio puxando o moreno pela mão, o fogo da fogueira parecia cantar meu nome para dançar ao seu redor. Rhys aperta minha mão e me puxa até a floresta, mais a frente vejo uma humana sendo encurralada por três feéricos. 
  O moreno passa o braço por minha cintura e pousa a mão na minha bunda, faço um rastro de fogo rodear a humana o que chama a atenção deles para nós.
  Solto um ronronado malicioso o que faz os três feéricos estremecerem ao nos reconhecer.

A Deusa do FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora