A escuridão e a tranquilidade de hoje eram diferentes de todos os outros dias. Um novo rosto está ao lado de Jirawat, um morador local, no beco estreito ao lado do prédio abandonado.Muitas vezes ele vinha sozinho, mas às vezes vários outros participavam do ritual.
O ritual começava acendendo um cigarro, inalando e deixando a ponta queimada liberar toxinas que limpavam as substâncias remanescentes no cérebro. Mesmo sabendo que não era bom, ainda estavam curiosos e queriam tentar.
...Fumar pode clarear a mente, afirmavam. Na verdade, era um vício pelo gosto amargo na ponta da língua, um vício pelo cheiro perigoso da fumaça e um vício pelo desafio de se esconder.
Eles eram viciados e não pensavam em desistir tão cedo.
A suave luz do sol e a brisa fresca tocaram a fumaça branca, fazendo com que ela se dispersasse no ar antes que uma nova massa cinzenta se formasse, expelida repetidamente tanto pelo canto da boca quanto pela ponta das narinas dilatadas.
Jirawat encostou-se na parede e fumou lentamente o cigarro que tinha na mão. Ele observou Achiwich, que permanecia inexpressivo, usando seus belos olhos para olhar para outro lugar, em vez de observá-lo fumar.
Seu carro de quatro portas estava estacionado não muito longe daqui. Ele disse a Chi para esperar no carro se ele não fumasse, mas nenhuma resposta veio do garoto de lábios carnudos.
Silencioso, mas seguindo, ele entrou na área secreta. "É bom fumar?" Surpreendentemente, Achiwich iniciou a conversa. O homem, cuja camisa muitas vezes parecia escorregar das calças, revelando um exterior elegante. Mas Achiwich não bateu o sapato como ele. Seus sapatos eram de couro, enquanto os de Jirawat eram tênis.
"Não é bom."
"Então por que você fuma?"
"Não sei... percebi que era viciado antes de perceber."
"Viciado?"
"Pensei em tentar. Mas quanto mais eu tentava, mais eu desejava", explicou Jirawat, olhando para o olhar firme de Achiwich.
"Isso fede."
"Os fumantes não cheiram tanto quanto aqueles que inalam o fumo passivo".
"Deixe-me tentar", Achiwich aproximou-se de Chirawat, segurando sua mão. Suas alturas e formas pareciam combinar, diferindo em não mais que três centímetros. Era quase impossível dizer quem era mais alto ou mais baixo.
"Não tente se não quiser viciar, garoto."
"Eu quero saber como é."
Jirawat hesitou, mas acabou entregando um cigarro a Achiwich, com a expressão impassível de sempre.
"Agora, você conhece meu segredo sobre fumar."
"..."
"A única maneira de manter um segredo é fazer de você parte do meu segredo."
"Você também será meu segredo?" Achiwich olhou para a pessoa questionada com um pequeno sorriso nos lábios. Sua mão segurou o cigarro à sua frente, obrigando-o a abrir a boca para aceitá-lo, como se concordasse em ser cúmplice desse ritual.
"Sim, temos que esconder isso dos nossos pais... Você usa aparelho porque tem dentes salientes?" Ele perguntou quando percebeu o aparelho em seus dentes brancos. Achiwich falou com a boca mal aberta, então ele não tinha visto o aparelho do outro antes.
"Eu tenho um dente quebrado."
"Então você não fica confiante quando fala por causa do aparelho?"
"Talvez seja porque o aparelho fica preso na minha boca."
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Depois de 10 anos
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