I. Coffe time

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Era uma manhã de chuva intensa. Leon, perdido em pensamentos, observava as gotas escorrerem pela janela enquanto seu chefe discutia os problemas crescentes relacionados ao tráfico de drogas na cidade durante a reunião. A mente de Leon vagueava longe.

A distração de Leon não passou despercebida, e seu chefe, visivelmente incomodado, bateu na mesa para chamar sua atenção. O rapaz pulou na cadeira, surpreendido pelo som brusco.

— Leon, quando a reunião acabar eu quero você na minha sala! — Ele disse de maneira séria e objetiva, Leon assentiu, ciente do problema que havia causado.

Após o término da reunião, Leon seguiu seu chefe até sua sala. Ao adentrarem, a porta foi trancada, e o chefe assumiu uma postura séria, preparando-se para abordar as preocupações em relação ao desempenho de Leon.

— Você anda tão desligado das reuniões, Leon. Não estou dizendo que você é um péssimo policial, mas você não consegue manter o foco, isso desde que você optou voltar pra cá depois daquele seu envolvimento com o govern-

Leon interrompeu seu chefe abruptamente, rejeitando o tópico delicado.

— Não temos que falar sobre isso, eu não quero falar sobre isso. Eu preferi por uma vida tranquila agora, meu passado não interfere no que eu faço hoje. Se era só isso, estou indo embora!

Ele se levantou e deixou a sala rapidamente, deixando seu chefe sozinho e balançando a cabeça negativamente. Leon notava o quão seus colegas estavam preocupados com ele, algo tinha mudado desde que ele tinha sido convidado para aquela maldita missão. No entanto, ele decidiu manter essa mudança trancada, buscando uma vida tranquila em sua cidade natal, longe do governo e decidido a permitir-se viver em paz.

Leon recostou-se em sua mesa de trabalho, mãos sobre a cabeça, sentindo a tensão da situação. Papéis espalhados criavam uma desordem aparentemente interminável. O sino da porta da delegacia ecoou, interrompendo a atmosfera tensa.

Todos os olhares se voltaram para a entrada, onde uma mulher bem-vestida adentrou o local. Intrigado, Leon ergueu levemente a cabeça. A mulher dirigiu-se ao balcão principal, carregando consigo uma elegante câmera fotográfica. O chefe surgiu com um largo sorriso, guiando a mulher para a frente dos demais agentes.

— Deixe-me apresentar a todos vocês, esta é [Nome]! Ela é uma fotógrafa investigativa e eu chamei ela para coletar provas dos recentes casos de tráfico na cidade.

O chefe apresentava [Nome] com um cuidado peculiar, como se fosse uma peça valiosa. O olhar de Leon encontrou o dela, curioso, enquanto a mulher parecia observá-lo há algum tempo. Quando percebeu o olhar de Leon, ela ofereceu um sorriso sutil e, com uma expressão intrigante, deslizou o olhar pelo corpo do loiro de cima a baixo.

Leon franziu a testa, expressando confusão e curiosidade diante da mulher, mas logo retornou sua atenção aos papéis desordenados sobre a mesa.

O chefe concedeu à mulher a liberdade para explorar a delegacia e se familiarizar com o ambiente. Ela teve até mesmo a oportunidade de escolher uma mesa para si, optando pela que estava mais próxima de Leon, uma escolha que não passou despercebida.

— Pelo visto você é bem organizado — brincou ela, surgindo por trás do loiro, apontando para a bagunça em sua mesa com um tom irônico.

— Isso não é nada. Eu voltei para a cidade agora, não tive tempo de arrumar


Respondeu Leon, soltando uma risadinha envergonhada. Ele tentava rapidamente organizar os papéis, não querendo parecer tão desorganizado diante de alguém que acabara de conhecer. Em meio à pressa, acabou derrubando uma caixa de clipes no chão.

— Ah, droga!

Ele se agachou, mas a mulher colocou uma de suas mãos em seu ombro.

— Deixa que eu ajudo, pode arrumar os papéis. — sugeriu ela. Leon assentiu e voltou a organizar os documentos. — Por sinal, meu nome é [Nome]! Prazer em conhecê-lo senhor...? — [Nome] levantou-se com a caixa de clipes, aguardando que o rapaz se apresentasse também.

— Meu nome é Leon, Leon Kennedy. — Ele pegou a caixa de clipes com cuidado das mãos dela e colocou sobre a mesa já organizada.

— Você me intrigou desde o primeiro momento que te vi. Sinto como se já nos conhecêssemos de algum lugar. — Leon franziu a testa.

Vínculos Inquebráveis - Leon kennedy x LeitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora