XX. EXTRA: Um Novo Amanhecer

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Cinco Anos Depois

O sol da manhã brilhava suavemente através das cortinas, lançando um brilho dourado sobre o quarto. O som dos pássaros cantando lá fora era um lembrete constante de que a vida continuava, trazendo novas esperanças e possibilidades.

Acordei com o calor reconfortante do sol em meu rosto e virei-me para o lado, encontrando Leon ainda dormindo. Seu rosto, relaxado e tranquilo, era uma visão que nunca deixava de me trazer paz. Após todos esses anos, ele continuava a ser meu porto seguro, minha constante em um mundo sempre em mudança.

Deslizei para fora da cama, tentando não acordá-lo, e me dirigi à cozinha. Preparar o café da manhã era um pequeno ritual que eu adorava, uma forma de começar o dia com algo positivo e normal. A cozinha estava cheia de luz, e as plantas na janela balançavam suavemente com a brisa matinal.

Enquanto preparava o café, meus pensamentos vagaram para os últimos anos. Tanta coisa havia mudado desde aquele dia no hospital. A recuperação tinha sido uma jornada longa e árdua, mas Leon e eu enfrentamos cada desafio juntos. Com o tempo, as feridas emocionais começaram a cicatrizar, e encontramos maneiras de construir uma nova vida para nós.

Conseguimos um pequeno apartamento em uma cidade tranquila, longe do caos e das memórias dolorosas do passado. Leon começou a trabalhar como instrutor em uma academia local, compartilhando seu conhecimento e ajudando outros a encontrar força e resiliência. Eu, por minha vez, mergulhei em estudos de psicologia, determinada a ajudar outros que enfrentavam traumas similares aos nossos.

A porta do quarto se abriu e Leon apareceu, ainda meio sonolento, mas com um sorriso caloroso.

— Bom dia. — Ele disse, aproximando-se para me dar um beijo na testa. — Como você dormiu?

— Bem. — Respondi, sorrindo de volta. — E você?

— Também. — Ele pegou uma caneca e serviu-se de café, sentando-se à mesa. — Algum plano para hoje?

Pensei por um momento, apreciando a normalidade da pergunta.

— Não muitos. Tenho uma sessão com um novo paciente à tarde. Depois disso, pensei em dar uma caminhada no parque.

Leon assentiu, seu sorriso se ampliando.

— Parece um bom dia. Talvez eu te encontre no parque depois da sessão.

Sentamos juntos, apreciando o café da manhã e a companhia um do outro. O futuro ainda era incerto, mas tínhamos aprendido a encontrar alegria e estabilidade nas pequenas coisas, nas rotinas do dia a dia e, principalmente, um no outro.

Enquanto conversávamos sobre planos futuros e pequenos projetos, percebi o quanto havíamos crescido. O passado, embora sempre uma parte de nós, não nos definia mais. Estávamos criando novas memórias, construindo uma vida que valia a pena viver.

E isso, mais do que qualquer outra coisa, era o maior triunfo de todos.

Depois do café da manhã, troquei de roupa e me preparei para o dia. O tempo estava agradável, e decidi caminhar até o consultório. O trajeto era tranquilo, com árvores alinhando as ruas e o som distante de crianças brincando. Cada passo era um lembrete de como a vida havia se tornado pacífica, um contraste gritante com os dias de terror e caos.


Ao chegar ao consultório, cumprimentei a recepcionista e entrei na minha sala. Era um espaço acolhedor, decorado com plantas e quadros tranquilos, projetado para trazer calma e segurança aos meus pacientes.

Em uma das paredes, havia uma pintura especial que eu mesma fizera: uma imagem de Alice em sua forma humana, sorrindo serenamente. Essa pintura era um lembrete constante da força e do amor que ela representava para mim, um símbolo de esperança e de superação.

Preparei a sala para a sessão, ajustando a iluminação e os assentos. Meu próximo paciente era um jovem chamado Lucas, que havia sofrido um trauma significativo em um acidente de carro. Sua mãe o acompanhava, preocupada, mas determinada a ajudá-lo a encontrar um caminho para a cura.

— Bom dia, Lucas. — Disse, sorrindo enquanto ele entrava timidamente. — Por favor, sinta-se à vontade.

Vínculos Inquebráveis - Leon kennedy x LeitoraOnde histórias criam vida. Descubra agora