Entre as Quatro Paredes dos Meus Espinhos

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Em uma sala escura minha alma sofre, em uma sala escura minha alma derrete como se estivesse no inferno, minha respiração desconcertada e a minha ansiedade insana me consomem cada vez mais, eu não sei o que eu sou e eu não sei o que me tornei, me sinto um verme, me sinto um parasita estou me matando a cada minuto, estou ansiando por vida apesar de já estar morto, ainda tenho esperanças, talvez falsas mas ainda sim tenho esperanças que em algum dia os vermes e demônios de minha mente serão expulsos de meu corpo para sempre e eu terei a paz eterna. Eu me levanto do colchão imundo de meu quarto, meus olhos cansado e minha mente perturbada com frustrações e fantasmas, minhas costas doem, a vida dói, estou cansado, quero viver, quero sentir, mas ainda parece algo impossível, me sinto vazio, me sinto cansado como pedaço de madeira podre mas isso não importa de qualquer forma, eu não consigo dormir, eu não consigo comer, eu não consigo me olhar no espelho sem ver.... sem ver ele. O que é ele afinal? Se parece tanto comigo... mas não é eu, se fosse eu ele não seria tão podre, será que eu sou tão podre assim? Será que eu sou tão repugnante assim? Acho que não, não é possível, não quero aceitar, não quero viver isso, assisto meu rosto cheio de lágrimas secas e olheiras fundas como o poço de um abismo, lavo meu rosto, esperando que minha aparência melhore e que ela vá embora, vá embora pois eu não aguento mais ve-lo e senti-lo todos os dias.

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