Cap 4 - Limites

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Marília Mendonça:

Maraisa se afasta com um sorriso brincalhão no rosto, sentando-se na cadeira ao meu lado e ficando de frente para o irmão mais novo. 

Eu definitivamente sou a maior idiota que já vi. Como não saber que Marco tinha filhas? Além do mais, como todos naquela balada a conhecia, ela deve ser bem famosa na cidade. 

Bom, foi apenas uma noite e nada mais, não irá afetar nada em meus planos, tudo continuará sendo como planejei que seria. 

— Como foi a prova? — Questiona o Sr Pereira, olhando para a filha, que abre um sorriso contente. 

Já falei o quão lindo é o sorriso dessa mulher? 

— Eu passei, como sempre. — Se gaba, jogando o cabelo para o lado e fingindo charme. — Mas a Srta Joane insistiu que eu ficasse até o final da correção. Ela não sabe que existe SMS? E-mail? — Ela termina de falar e bebe o líquido verde, fazendo uma expressão de agrado. 

— Como consegue colocar a boca nisso? — Questiono horrorizada. Maraisa vira rosto para mim e um sorriso debochado surge em seus lábios. 

— Eu coloco em coisa pior. — Arregalo os olhos, pasma com a ousadia da morena. Ela está na frente do pai, por Deus... — Tipo, suco de espinafre. — Disfarça com um rostinho angelical. 

Decido não falar nada. Essa garota é perigosa e manter a distância dela será eficaz para o sucesso dos meus planos. 

— Filha, Marília disse que está a procura de um apartamento e que é péssima em decoração, pensei que poderia ajudá-la, já que ama isso. — Os olhos de Maraisa chegam brilhar ao olhar para mim. 

— Claro, eu adoraria. Conheço um bom apartamento perto do centro. Fica perto de tudo, inclusive, da empresa. — Sua fala não carrega segundas intenções, mas ainda desconfio. — E tem uma loja incrível no shopping, a parte de decoração é incrível. 

Tudo bem, ela realmente parece gostar bastante do assunto. Talvez não seja tão perigosa assim. E eu realmente preciso de um apartamento, odeio ficar em hotéis. Tenho certeza que Henrique não encontrará nenhum, ele não possui gosto para essas coisas. A ajuda de Maraisa facilitará essa parte. 

— Tudo bem. — Respondo, assinando o decreto da minha falta de juízo. 

— Ótimo. Só avisar ao meu pai o dia que estará disponível para ir até o apartamento e ver se gosta. 

— Não é mais fácil dar seu número a ela? — Diz César. 

— Não seria adequado. — Marco responde pela filha. Seu maxilar se endurece levemente e sua expressão agora é fechada. 

Ciúmes? Claro, porra, é o pai dela.

Grande maioria sabe meu segredinho.

— Então, podemos pedir sobremesa? — Maraisa muda o assunto rapidamente. Suspiro aliviada ao perceber que o clima na mesa diminuiu. Porém, o alívio logo some assim que sinto uma mão em minha coxa. 

O que essa loca está fazendo? Porra, meu pau está começando a latejar levemente e isso não é bom sinal. 

Disfarçadamente, coloco minha mão sobre a de Maraisa, que já estava perto de mais do meu pênis, parando sua carícia.   

My Father's Partner - Malila | Gp Onde histórias criam vida. Descubra agora