Maraisa Pereira:
— Você vai acabar caindo, Marília!
— Não se preocupe. — Ela exprime, fingindo que está tudo sob controle, mas não está.
Resolvemos fazer uma trilha, é domingo de manhã e iremos voltar para Seattle hoje à noite. Pegamos uma trilha mais complicada, que nos leva até o topo da montanha.
Nos deparamos com uma pedra muito grande, muito íngreme e difícil de escalar — para não dizer impossível — sem material adequado.
Agora, estamos todos olhando para o alto, onde Marília está trepada na rocha, em nenhuma maldita corda a segurando.
Uma queda dessa altura.... no mínimo um braço ela quebra.
— Ela vai acabar morrendo. — Henrique sussurra no meu ouvido.
— Não jogue praga.
Marília faz um movimento com a perna, subindo ela um pouco mais e impulsionando o corpo para cima, e finalmente sua mão alcança o topo da pedra. Não demora muito para que ela consiga chegar são e salva lá em cima.
— Podem vir. É tranquilo. — Ela berra para que possamos ouvir com clareza. Assim que ela nos chama, a falação se instala no nosso grupo.
Ninguém quer morrer.
— Vamos subir pela trilha normal. — Digo o mais alto que consigo. — Nos encontre na cachoeira.
Ela faz um sinal de jóia com a mão e nosso pequeno grupo começa a se deslocar.
•••
— Vocês demoraram. — Marília envolve meu pescoço com seus braços e aproxima seus lábios dos meus. — Sabia que tem uma caverna embaixo da queda d'água? — Ela sussurra.
— Não sabia.
— Eu fiquei pensando. Seria bem legal transar em uma caverna, com um monte de água nos escondendo. — Não seguro o sorriso.
— Você tem uns fetiches estranhos, senhorita Mendonça.
— Só com você.
— Deve ter morcegos alí, e outros bichos. Não quer esperar até chegarmos ao chalé? — Marília parece ponderar, e quando chega a uma conclusão, suspira.
— É, é melhor esperar.
Um barulho de água espirrando me desvia a atenção. Maiara e Anitta acabaram de pular na cachoeira. Perto da borda, Bruno e Bruna estão deixando seus pertences dentro das bolsas e parecem se preparar para pular também.
— Você quer? — Marília pergunta.
— Isso deve estar um gelo. — Murmuro. — Eu quero.
— Sei que vou me arrepender, mas não vou ficar para trás. — Henrique diz e sai correndo, ele pula, abraça suas pernas e afunda na água.
Marília me solta e deixa sua mochila cair ao nossos pés. Ela retira os sapatos, depois a camisa e quando percebo que irá abaixar a bermuda, a impeço.
— Vai ficar pelada?
— De cueca. Não quero molhar as roupas.
— Fica só de bermuda. Para que ficar de cueca? — Cruzo os braços. E sim, estou com ciúme, foda-se.
Ela sorri, percebendo minha atitude. Marília se aproxima de mim e me beija castamente.
— Adoro que tenha ciúmes, baby. Mas eu realmente não quero molhar minhas roupas.
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My Father's Partner - Malila | Gp
FanfictionMarília Mendonça representa muitas coisas, mas com certeza a melhor palavra para a definir é "pecado". "Junto a pessoas poderosas, há problemas igualmente grandiosos" - já dizia a mãe de Maraisa. Mas como resistir a loira? E a loira? Como resisti...