Demônios internos

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Aonde foi parar?
Cadê todo aquele brilho no olhar?
Eu desisti,
Ainda no começo e muito longe do fim.

Gritos tão abafados
que voz nem propagava.
Caverna era refúgio,
Mas a luz não chegava.

Tipo fantasma,
Existindo, mas num desejava.
Enrolado nas correntes
Que eu mesmo carregava.

O vão entre a cama
Era o escudo que eu usava.
Deitado em um chão gelado
Era ali que chorava

Negando os pedidos de ajuda
Vindos de uma mente perturbada
Procurando uma saída
Mas sem força para nada.

Aprisionado em minha mente
Fui testado até o limite
Sem me reconhecer
Esqueci a própria fala

Na busca de um caminho
Que fizesse sentido
Eu era peça
Que não encaixava

Mentalidade estraçalhada
Me guiando por migalhas
Tão perdido dando ouvidos
Pro que a morte pensava.

Vitalidade muito baixa
Injetei adrenalina
Pra procurar as respostas
Que eu tanto questionava

Na busca da saída
Não sei como me recuperei,
Cabeça erguida
Aceitei minhas próprias falhas.

Gritos internosOnde histórias criam vida. Descubra agora