No purgatório
Tou esperando minha redenção.
Pagando pelos pecados
Que nem sei quais são.Tanta gente ao meu redor
Prometendo proteção.
Me senti seguro,
Mas acabou a ilusão.Fui fiel aos meus heróis,
Mas o arco é do vilão
Os pilares que construí
Foram todos ao chão.Mesmo aos 16
Segurava em sua mão
Seus erros agora meus
Tou pagando em prestação.Repreendido
Por eu ser quem sou,
Defeitos são de fábrica
Garantia expirou.Procurando ser meu melhor,
É melhor nem existir.
Tentei não machucar ninguém
E tou machucando a mim.O dia todo na cabeça
Me criticando feito louco
Trabalho sem reconhecimento
E ganhando muito poucoTudo meu te incomoda
Já não tenho paz
Meus acertos são em derrotas
Tou acertando até de mais.Agora eu cansei!
Vou atrás de sonhos
Que eu mesmo adiei.
Não por falta de vontade,
Mas por viver os de outro alguém.Tou escutando a mesma coisa
De sete ano' atrás.
Discurso nunca muda
E eu tou querendo mais.Se eu paro
A vitória é dô 'cês,
Nesse ringue apanhando
E levantando toda vez.Balboa já dizia
Mas repito pra vocês,
Não é sobre bater
Tem de aguentar apanhar
Pra poder vencer.
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Gritos internos
Poesía"Gritos Internos" é um convite para dar voz às emoções que muitas vezes ficam presas dentro de nós, ecoando nos cantos mais escondidos da nossa mente. É uma jornada de auto aceitação, onde não há julgamentos, apenas espaço para sermos quem somos, co...