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Mariana Alves| 🤍💌
Acordo totalmente desnorteada e tentando processar o que tinha acontecido ontem. Sinceramente, eu tô sem acreditar que eu beijei ele, coisa que eu estava me segurando pra não fazer.Mas já foi, então resolvi me levantar. Eu estava acabada por causa da festa de ontem, eu acabei esquecendo de dormir com a toca e meu cabelo tá um horror, mas não ligo muito pra isso. Logo saio do meu quarto indo até a cozinha tomar café da manhã.
Desço devagar e só encontro Breno sentado na mesa comendo tudo.
- Eu não sou tu - fala, olhando-me de cima abaixo.
- Até parece - falo, sentando-me na mesa.
- Tem nada pra me contar não? - fala, olhando-me com um olhar malicioso.
Franzi a sobrancelha e logo me vem tudo que aconteceu ontem na minha mente.
- Não - respondo séria.
Ele dá uma gargalhada e se levanta da mesa, pegando seu prato sujo.
- Tu se paga de doida viu - fala, saindo do cômodo, e logo volta limpando a sujeira que tinha feito.
- Fica aí pensando que eu não sei das coisas que você faz também, não viu - falo, encarando ele.
Ele me olha com uma cara de deboche e logo sai do cômodo.
[...]
Estou arrumando meu quarto, nesse momento está uma bagunça da miséria. Pego os tapetes no chão e levo até a sacada para sacudir. Me sento na cadeira cansada.
De repente, me perco pensando nele...
Aqueles olhos que eu me perco de uma hora pra outra, a boca dele, o jeito dele, tudo nele, literalmente.
As brincadeiras dele sem graça.
O jeito que ele fala comigo.
O cabelo dele, o sorriso...
A voz.
Fico olhando para o nada com um sorriso no rosto.
PERA
Por que??? Eu tô pensando nisso.
Meu deus.
Balanço a cabeça, me levantando, meu coração está acelerado.
Sai, diabo, dos meus pensamentos.
Saio da sacada rapidamente, e vou até meu quarto pegando meu celular. Logo vejo uma notificação de chamada perdida de quem????
Claro, dele...
Ligo novamente.
- Finalmente apareceu - fala Gabriel do outro lado da linha.
- Em que momento eu sumi, Gabriel? - falo.
- Sei lá, não tava falando comigo, nem mandou mensagem - fala com uma voz calma.
- Eu tenho a obrigação de fazer isso por causo? - falo com um tom firme.
Por que eu tô falando isso, nem parece que meu coração tá acelerado, meu deus.
- Calma, rapaz - fala em um tom engraçado.
- Tá - falo, suspirando. - Foi mal - falo novamente.
- Não tem problema "preta" - fala, calmo. - Tá bem? - fala.
- Tô sim, Gabriel - falo, me jogando na cama.
- Também, depois de me beijar ontem - fala convencido.
- Sai dai, Gabriel - falo.
- Como se isso me trouxesse felicidade ou bem estar - falo firme.
Eu não sei como eu falo isso, sendo que é uma grande mentira, mas ele não precisa saber disso.
- Me engana que eu gosto - fala rindo.
- Ham, ham, verdade - falo rindo.
- E aí, preta, quero te ver - fala.
Eu também...
- Idai? - falo.
- Para com isso, eu sei que também quer me ver - fala.
