Act 07

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Limpando tudo sem deixar nenhum vestígio, Satoru se senta preguiçosamente no sofá de sua casa, jogando o pano com sangue na lareira e acendendo ela. Tudo tinha ficado mais corrido desde seu novo "trabalho", mas depois do primeiro ataque, não tinha como voltar atrás.

Pegou o telefone e discou um número enquanto suspirava, depois da sua rotina de assassinatos, não tinha mais nada para fazer além de beber, fumar, ou conversar com qualquer um no telefone.

Ele coloca o telefone no ouvido, dando um sorriso de canto quando a pessoa atendeu, conseguindo escutar um resmungo considerável alto.

- Alô? Oque foi, Satoru? - A pessoa do outro lado da linha questionou, parecendo estar em movimento enquanto falava.

- Você fez um bom trabalho, fez uma puta de uma chacina hoje! - Respondeu com um sorriso, se levantando do sofá e se espreguiçando.

- Você fez algo brutal contra a Utahime, foi tanto sangue. Como caralhos conseguiu escapar dessa? Era uma rua movimentada ainda por ser perto de um hospital. - O homem do outro lado da linha disse em um tom indignado, logo se apoiando no balcão da cozinha.

- Ah, você sabe que eu tenho meus jeitinhos.

- Jeitinhos? Tinha muitas pessoas lá e na redondeza. Tanto que logo depois que você saiu, uma pessoa já viu o corpo e ligou para a polícia! Bem, os pedaços do corpo... - Terminou dando um suspiro de desgosto, seus olhos percorrendo o local enquanto falava com Satoru.

- Como eu disse, eu tenho meus jeitinhos. - Repetiu com um sorriso orgulhoso, batucando os dedos no apoio do sofá.

- Mas então, por que ligou? Precisa de algo?

- Ahh.. Só quero conversar! - Falou em um tom alegre.

- Vá conversar com outra pessoa, preciso limpar esse sangue antes que a irritante da minha vizinha venha aqui em casa e se depare com isso. - Caminhou em direção aos seus equipamentos, quase desligando o telefone.

- Espera! Você é tão rabugento, poxa, converse comigo.

- Amanhã a gente conversa, eu juro. Só preciso limpar isso, tomar um bom banho e descansar. Não faça merda até lá, certo? - Perguntou enquanto se inclinava para pegar a faca ensanguentada sobre a mesinha de vidro.

- Aahh... Tá bom! Boa noite! - Satoru respondeu enquanto se levanta do sofá, desligando a TV que estava passando o jornal, falando sobre os assassinatos do dia. - Hoje foi nosso recorde.

- Foi mesmo, tenho orgulho de nós. - Riu baixinho, um sorriso cansado formado em seus lábios. - Boa noite, Satoru.

E a chamada foi encerrada, Gojo pigarreou por um momento enquanto batia o pé, pensando no que fazia agora, seu rosto doía ainda por conta dos acontecimentos mais cedo e suas mãos tinham pequenos cortes. Porra, tinha sido acertado por uma criança. Uma criança de 7 anos deu um soco que deslocou sua mandíbula! Tem como acreditar? Mas logo se livrou do pestinha, estava satisfeito de ter conseguido.

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O mascarado perseguia um garoto que ocasionalmente, para fugir do assassino, tinha entrado em uma floresta, mas Satoru não iria desistir só por causa de um lugarzinho escuro. Adentrou na mata enquanto perseguia o pestinha que corria até demais.

- Crianças são energéticas. - Pensou enquanto conseguia finalmente alcançar o garoto, que se virou e pulou para trás, dando um tapa na mão de Satoru.

Não, uma criança não iria começar uma luta corporal, não mesmo. Era isso que Satoru pensava até receber um soco de direita bem dado em seu rosto, que deslocou sua mandíbula e fez ele praticamente gritar de dor. Bem, não demorou muito para ele se livrar do menino, desferindo facadas pelo corpo enquanto tentava aguentar a dor em seu rosto, ainda em choque. Quando terminou, apenas se afastou do corpo e jogou a faca no chão, suspirando de dor enquanto dá um soco de volta em seu próprio rosto para tentar colocar o osso de volta no lugar. Mordeu com força para ver se já tinha arrumado aquilo, sua expressão se contorcendo em indignação debaixo da máscara.

- Eu não acredito que eu fui acertado por uma criança! Esse garoto deve ter oque? 7/8 anos? Não é possível que eu sou tão azarado assim! - Resmungou enquanto fazia uma pequena birra, apertando o punho e pegando a faca do chão, deu um chute no corpo. - É por isso que eu odeio crianças! E isso foi tão inesperado... Eu não acredito, não, isso não é real.

Se movendo naquela mata fechada, procurava um jeito de voltar sem ninguém ver, andando em uma direção qualquer, tentando achar o rumo.

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Agora deitado, esparramado em sua cama, Satoru se esticou e se cobriu com o edredom, abraçando um travesseiro, já que era a única opção que tinha para abraçar. Pensou em como Suguru estava, provavelmente desolado por causa da morte da amiga, mas Gojo sorriu com o pensamento. Já não era mais um sentimento bom, tinha se tornado preocupante a muito tempo, e o albino se certificou de deixar bem visível.

Sentia falta do corpo quente do moreno deitado ao seu lado igual acontecia antes lembrando do modo que Suguru ficava encolhido em seus braços, ou de como ele ficava parecendo um anjo enquanto dormia, era tudo perfeito. Tudo perfeito até Gojo decidir que em vês de uma terapia normal, sua terapia seria matar pessoas por uma coisa boba. Bem, na cabeça dele, era um motivo especial.

Lembrando de todas as coisas que já fizeram juntos, de como era a vida do ex casal, o albino sentiu uma pontada de tristeza, precisava daquilo de novo. Era tudo, tudo em sua vida era perfeito enquanto tinha o aconchego nos braços do moreno.

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Suguru se ajeitava no colo do maior enquanto puxava o cobertor, apoiando a bochecha no ombro de Satoru e se encolhendo apenas para ficar encaixado perfeitamente ali.

- Satoru, eu te amo. - Murmurou enquanto fechava os olhos, sua mente correndo em pensamentos afetivos sobre seu namorado.

- Eu também te amo, Suguru. E muito. - Sua mão se moveu até os cabelos do moreno, acariciando lentamente enquanto se ajeitava entre os travesseiros da cama, desligando a TV do quarto.

Quando percebeu, Geto tinha adormecido e estava segurando Gojo fortemente em um abraço, como se tivesse medo de perder ele. Realmente tinha.

Suguru era o diamante do albino, ele faria de tudo para manter seu namorado protegido e amado. Era tudo que precisava, ele era tudo.

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Agora aconchegado entre as cobertas, Satoru se permitiu chorar, apertando com força o travesseiro. Bem, agora não tinha como voltar atrás.

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existe um segundo assassino entre nós. Esse capítulo foi um tudo pra mim, eu fiz na pressa então se houver algum erro, me perdoem,

Boa noite, perseguimores!

Stalker's Tango - Satosugu [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora