Act 02

403 56 9
                                    

Geto da mais alguns passos pra trás, olhando a sombra, a silhueta agora estava saindo do cômodo que seria o quarto de Geto, a qualquer momento Suguru poderia sentir que seu coração iria sair pela boca, se preparando pra qualquer coisa que fosse acontecer ali, mas ele não iria aceitar que a coisa fosse sua morte.

-Por que todo esse medo?...

A voz grave que havia escutado no telefone agora estava ali na sua frente, usando uma máscara de pânico e um manto preto, tinha faca em mãos, andando lentamente pelo corredor indo em direção a Geto, que o primeiro reflexo foi correr até a cozinha, ainda tinha a adaga em mãos, mas um pouco escondida, ele escuta os passos rápidos do pânico agora o perseguindo, Geto vira de costas e para, estava de costas para a geladeira, ele podia ouvir risadas baixas e provocativas do homem em sua frente, que parecia preparado para atacar e logo avançou em Suguru.

O homem move a mão com a faca para cima e perto do rosto de Geto, fazendo um corte de raspão em sua bochecha, que o fez soltar um grunhido de dor enquanto avançava no homem, tentando cortá-lo com a adaga em sua mão e tentando se defender, ele consegue fazer um corte de lateral na máscara, que tem um pedaço arrancado, recuando e puxando ar pela boca - o próprio assassino tinha levado um susto? - Deplorável.

O homem larga a faca, avançando em Geto que bate de costas na geladeira, soltando um suspiro com a dor, logo sentindo ser prensado contra o balcão, as duas mãos do homem em cada lado de Geto, agora Suguru podia ver perfeitamente um cílios branco e um olho azul cristalino - como o céu - na parte quebrada da mascara, arregalando os olhos mais ainda enquanto tentava se afastar do rosto do homem, que agora deixava o rosto mais perto do de Geto, a respiração quente contra a pele de Suguru, que sentiu um arrepio percorrer pelo seu corpo.

-Porra... Agora você estragou meus planos, Suguru. Juro que se contar a alguém eu vou realmente te matar.

Suguru não podia acreditar que Satoru estava fazendo isso, a respiração travando na garganta enquanto tentava falar, mas falhava miseravelmente, logo saindo um resquício de voz de sua boca, meio gaguejando, Geto fala.

-Tá, eu esperava tudo de você, menos isso.

Ele fala rapidamente e embolado, revirando os olhos e desviando o olhar com um pouco se vergonha misturada com desespero, sentindo uma mão do assassino pousar em sua cintura, segurando com força e arrancando um gemido alto de Geto.

-Olha pra mim, Suguru.

Geto olha na hora para Gojo, que sussurra enquanto escuta algumas sirenes de polícia em volta da casa, sabendo que provavelmente os vizinhos teriam escutado a briga ali dentro da casa e chamado a polícia, Gojo respirava fundo pela boca por causa da adrenalina do momento.

-Você vai se manter em silêncio, qualquer pergunta, Você. não. sabe. quem. é. o. Assassino. Está me escutando?

-Sim.. Certo..

Geto fala com a voz falhada, vendo Gojo soltar sua cintura e se afastar, pegando a faca e andando em direção ao corredor, provavelmente iria sair pela janela do quarto ou algo do tipo, Suguru cruza os braços no balcão e esconde a cara entre eles, recuperando o fôlego e se recuperando da adrenalina do momento, soltando alguns grunhidos de dor tanto por causa do corte no rosto tanto por causa do corte na mão, os polícias entram na casa armados e mirando para todo o local, indo em direção a cozinha, 2 médicos entram no local junto dos policiais, sentando Geto em uma cadeira enquanto começam a limpar os machucados.

Os polícias procuram pela casa inteira, mas não acharam nem vestígios de Gojo ali, eles começam a fazer várias perguntas a Geto, que sempre desconversava todas, um policial olha para o pedaço da máscara no chão, olhando na hora para Suguru.

-Sr. Geto, você conseguiu registrar algo do rosto do assassino?

-Não senhor, estava tudo uma bagunça que eu não consegui prestar atenção nisso, mil desculpas.

Geto fala sério e com uma voz confiante, olhando diretamente para os olhos do policial, as vezes soltando alguns suspiros por causa do machucado na mão e no rosto, que estavam ardendo por conta da limpeza neles.

-Hm... Okay então, todos voltem a procurar vestígios pela casa.

O Comandante ordena para os outros polícias, que voltam a procurar vestígios do assassino, Geto estava tenso e estava tremendo, mas todos estavam pensando que era por conta do susto que levou com o assassino ali, o peito subindo e descendo rápidamente por conta da respiração acelerada, o coração de Geto a milhão naquele momento, pensando se falava sobre seu ex ou se realmente mantinha o silêncio, com medo de ser morto ou algo do tipo.

︶ִֶָ⏝︶ִֶָ⏝˖ ࣪ ୨✧୧ ࣪ ˖⏝ִֶָ︶⏝ִֶָ︶

Suguru se apoia sobre o balcão, os polícias já haviam saído, era por volta de 00:09, ele solta um suspiro longo de desgosto, sabendo que um dos motivos de não ter falado sobre Satoru, era porque, ainda tinha uma certa paixão por ele, balançando a cabeça em negação que realmente tinha feito aquilo, sua cabeça a milhão com todos os pensamentos martelando ela, fazendo com que Geto tivesse o sentimento que a própria cabeça estivesse sendo prensada.

-Que humilhante da sua parte, Suguru... Fazendo tudo por amor.

Ele diz para si mesmo, tirando os braços do balcão e andando em direção ao quarto, praticamente se jogando na cama e pegando o celular, que por algum motivo, estava no quarto, Geto não tinha deixado o celular ali, não sabia como o objeto havia chegado ali no local.

-Culpado ou Inocente?...

Geto pergunta se referindo a si mesmo quando abre o site do G1 e vê a sequência de mortes que Satoru estava causando na região, se sentindo incomodado com tudo isso, pensando se contaria para Shoko, se manteria em segredo para si mesmo ou se ligaria a as autoridades, sabendo que de qualquer jeito seria um pouco culpado por não contar de primeira, ele decide guardar aquilo para si mesmo, colocando o celular para carregar na cômoda ao lado da cama.

Revirou a cama várias vezes tentando achar uma posição confortável para dormir, mas nunca achando, só conseguindo adormecer pelas 03:00 da manhã, com o pensamento martelando a cabeça: "Fazendo tudo por nós."

︶ִֶָ⏝︶ִֶָ⏝˖ ࣪ ୨✧୧ ࣪ ˖⏝ִֶָ︶⏝ִֶָ︶

1072 palavras, espero que tenham gostado desse capítulo, escrevi na correria, então, mil desculpas se tiver um erro, eu não revisei.

Se gostou, não pode esquecer de clicar na estrelinha 👿



Stalker's Tango - Satosugu [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora