Eu estava indo até o mercadinho da cidade, onde eu trabalhava.
Na semana passada, meu chefe havia apresentado para mim e para os outros uma nova pessoa que começaria á trabalhar com a gente naquele mercadinho.
Quando o vi, tive certeza que era ele: a mesma cor de cabelo azul elétrico, a mesma prótese(a qual eu nunca vi o verdadeiro rosto).Eu sei que isso é errado, mas, mentalmente, eu rezava para que ele não viesse trabalhar naquele dia.
Espero que minhas preces sejam ouvidas.Tempo depois, eu havia chegado no mercadinho. Abri a porta, e, graças a Deus, não havia ninguém ali. Eu queria um pouco de silêncio, antes do trabalho REALMENTE começar.
Com o passar dos minutos, alguns funcionários chegavam no mercado.
É isso mesmo!? Será que minhas preces foram ouvidas e ele não virá?
Um sorriso começará a aparecer em meu rosto quando, de repente, a porta se abre com o barulho de um sino, indicando que alguém havia entrado no mercadinho.
Poderia ser qualquer pessoa, até mesmo um cliente.
Mas, não.
Lá estava ele: Sal Fisher, meu crush da adolescência(e, que, AINDA, continua sendo minha PAIXÃO eterna).
Mesmo depois de tantos anos, ele ainda continuava sendo o garoto para o qual eu mandei aquela carta vergonhosa(a única carta que eu mandei para alguém, aliás)
Eu ainda me lembrava daquela carta com exatidão:" Eu sei que nós não nos conhecemos bem e que você tem suas opiniões sobre mim...
Mas eu pensei que se talvez eu dissesse como eu me sinto, as coisas poderiam ser diferentes.
A verdade é que eu não consigo parar de pensar em você, eu te acho incrível!
Mas, eu sei que esses sentimentos que eu tenho são errados.
Um garoto não deveria sentir isso, a vergonha me consome por completo só de escrever estas palavras. Meu pai me mataria se descobrisse, mas eu não posso viver na sombra dele para sempre.
Eu só... "Hoje em dia, eu AINDA sinto vergonha, meu pai morreu e ele nunca retribuiu de volta.
Alguns meses atrás, eu e ele já nos encontramos, já que, tínhamos amigos em comum.
Será que ele ainda se lembra de mim dos tempos de colégio?
Por fora, eu estava calmo, mas, por dentro, estava surtando e me perguntando: por que eu simplesmente não ia embora?
O dia já havia acabado, a noite estava chegando e e meu trabalho já estava feito.
Por que, então, eu continuava parado ali, como um poste?
Talvez, eu quisesse falar algo para ele, mas o que exatamente?Estávamos nos fundos do mercado; isso significava que não havia ninguém ali.
Só estávamos eu e ele.- Eu ainda me lembro da sua carta, Travis.
- Hm? O que? - olhei para onde deveriam ser seus olhos, despreocupado com as mãos nos bolsos da calça.
Eu tinha ouvido o que ele havia falado. Eu só fingi não escutar.- Eu disse que eu ainda lembro da sua carta, Travis. - eu não esperava que ele ainda se lembraria.
Eu só fiquei no meu canto, sem falar nada, apenas olhando para os lados, menos para ele.
Eu sentia ele se aproximando de mim, mas eu continuava o ignorando.O meu sonho iria se tornar realidade?
Ele...
Ele me beijaria?
Eu nunca vi o rosto dele.
Como eram suas cicatrizes?
Será que eram pequenas ou grandes?
Meu coração palpitava de ansiedade, como um adolescente apaixonado.
Eu ainda era um adolescente apaixonado.
Apaixonado por ele.Agora ele estava, praticamente, colado ao meu rosto.
Eu me sentia estranho, como se eu estivesse esperando aquilo por anos.Naquele momento, ele tocava em minha bochecha de forma delicada.
Mas, então, ele para, como se estivesse com medo de continuar e se afasta de mim.
Ele estava tirando sua prótese; ele havia esquecido de tirá-la?
Eu rio um pouco com meu pensamento.
Ele joga a prótese com cuidado, atá que ela cai no chão.
Mas, em vez de ser lento e cuidadoso como da primeira vez, ele decide ser rápido e ágil.
Com suas duas mãos, ele já segurava meu rosto fortemente.- Posso? - perguntava ele, com sua voz fraca, aquela voz que eu sempre amei ouvir. Desde o começo, eu já sabia o que ele queria.
Enquanto ele me beijava, eu prestava atenção em seu rosto(ou pelo menos, o que dava para ver dele).
Seu rosto era como uma mistura: algumas cicatrizes eram grossas e outras, quase imperceptíveis de ver.
E, provavelmente, seu sorriso ficava bem mais destacado entre toda aquela "bagunça bonita".
Eu não sabia o que era melhor: seu beijo ou seu rosto.Mas, em poucos minutos, tivemos que nos separar por causa da bendita falta de ar.
Por que o tempo passou tão rápido?- Tenho que ir! Até mais, Travis! - ele some pela esquina mas, em poucos minutos, aparece novamente - esqueci da prótese, hihi - ele esconde a boca com as mãos, se aproxima de mim e pega a prótese, que estava no chão, próxima de mim - agora sim - diz ele, colocando-a de volta. - até amanhã, Travis.
Dessa vez, ele some de vez na esquina.Se eu surtaria quando chegasse em casa? Com certeza.
Notas finais:
E aí? Gostaram dessa
surpresa enquanto a
fanfic nova não
chega?
Pode ser um pouco confuso,
mas, basicamente, alguns dias atrás,
minha professora disse que tínhamos que fazer uma crônica e foi isso que eu fiz e
decidi passar pra cá.
Até mais, galera,
espero que tenham gostado!!
Total de palavras:
905 <3
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Mercadinho. - oneshot salvis
FanfictionApenas um momento de amor em um mercadinho entre dois garotos que já são homens. Sally Face • Salvis(Sal x Travis) Classificação: livre? (nenhuma coisa explícita ou violência).