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Felix

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Felix

— Quanto falta? — perguntei.

— Três quilômetros a menos que da última vez que você perguntou — Reyes resmungou.

Ele estava dirigindo rápido, mas não o suficiente. Só de saber que hyunjin estava no hospital, machucado, eu tinha vontade de saltar do carro e sair correndo, mais rápido do que estávamos indo. Tínhamos saído do pedágio para uma estrada com uma fileira estreita de casas que, não sei como, não haviam sido atingidas pelo tornado.

Abri a janela e apoiei o queixo na mão, deixando o ar soprar no meu rosto. Fechei os olhos, imaginando a reação de Hyunjin quando eu entrasse pela porta.

— O Landers disse que ele está bem machucado. É melhor você se preparar — Reyes comentou.

— Ele está bem. Isso é tudo que importa.

— Só não quero que você fique chateado.

— Por quê? — Virei para ele. — Achei que você era o patrulheiro fodão sem emoções.

— Sou mesmo — disse ele, se remexendo no banco. — Mas isso não significa que eu quero te ver chorando de novo.

— Sua mulher não chora?

— Não — ele respondeu sem hesitar.

— Nunca?

— Não dou motivos pra isso.

Eu me recostei no assento.

— Aposto que ela chora. Só não deve demonstrar. Todo mundo chora.

— Eu nunca a vi chorar. Ela riu muito quando a Maya nasceu.

Sorri.

— Maya. Que nome fofo.

Gotas enormes de chuva começaram a bater no para-brisa, fazendo Reyes ligar os limpadores. O vai e vem e o arrastado no vidro deram início a uma cadência que ecoava cada batida do meu coração.

Um canto de sua boca se curvou para cima.

— Ela é fofa. Bem cabeluda, cheia de cabelo preto. Nasceu parecendo que usava peruca. Ela era meio amarela na primeira semana. Achei que simplesmente tinha um bronzeado natural maravilhoso... como eu. — Ele deu um sorriso. — Mas era icterícia. Levamos ela ao médico e depois para fazer os exames. Eles furaram o pé dela com uma agulha e espremeram pra tirar uma amostra de sangue. A Alexandra não deixou cair uma lágrima. Eu chorei tanto quanto a Maya. Você acha que eu sou durão? É porque não conhece a minha esposa.

— No dia do casamento?

— Não.

— Quando ela descobriu que estava grávida?

— Não.

Pensei no assunto por um instante.

— Nem lágrimas de felicidade?

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