Cinco

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" Pessoas são passageiras, memórias não."

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Matteo Hiller:

Estou sentado na cama do motel, olho para o lado e vejo mais uma noitada sendo perdida. Me dou conta que infelizmente não é Meghan ali.

Não é ela!

— Acabamos! Vai embora. — digo vestindo minha calça.

Ela me encara.

— Aqui, se precisar de mim.... — diz entregando um cartãozinho com seu número e seu nome.

— Não preciso disso. — digo.

— Vai que precisa. — afirma a mesma.

Visto minha blusa, meu casaco, e saio de lá.

Chego na kit net e vejo a porta de seu quarto fechada.

Ela está dormindo.

Vou até a cozinha e vejo um bilhete grudado na geladeira.

"Não estou em casa, tem comida na geladeira."

Onde mais ela estaria?

Ouço meu celular tocar e rapidamente pego o mesmo pensando que é ela....

É apenas um número desconhecido,

Abro meu notebook, não queria, mas infelizmente terei que me arriscar á isso.

Em instante acho sua localização e vejo que ela está em um restaurante,

Pego meu carro e rapidamente chego lá.

Meghan ao me ver, fica chocada.

Vou até ela e o homem que está sentado a sua frente.

— O que faz aqui? — pergunta.

— Vim jantar. — afirmo.

O homem me encara como se eu fosse um assassino em meio á várias entidades. Não que eu seja, mas parece que ele sabe disso.

— Quem é este? — o estranho pergunta.

— Meu colega de quarto. — responde.

Puxo uma cadeira e sento entre os dois.

— Podem continuar conversando, eu irei responder alguns e-mails do meu trabalho.

O homem se levanta, e pegando sua carteira da mesa, se retira sem se despedir.

— Qual é o seu problema? — Pergunta Meghan.

Olho para ela com um sorriso satisfeito no rosto.

— Não gostei dele. Trate de procurar pessoas mais legais e que saiba comunicar com outra pessoa sem sentir desdenho. — falo.

Ela me encara com ódio nos olhos.

— ELE NÃO É MEU FICANTE OU ALGO DO TIPO, ERA MINHA ESPERANÇA PARA SAIR DAQUELA SUA MALDITA KITNET. — exclama a mesma.

Ela quer sair da kitnet...

Você não tem necessidade em sair de lá, você está segura e eu faço questão de afirmar que nenhum mal alcançará você. — afirmo.

Ela sorri em deboche.

— Acha mesmo? Eu não confio nem em você mesmo. — fala.

— Está assim porque matei aquele escroto que quase te usou como brinquedinho dele? É isso?

Ela me olha, seu silêncio é uma afirmação.

— Você queria que eu te deixasse lá enquanto um cara te estupra? Você acha mesmo que eu ficaria de braços cruzados enquanto um homem acaba com você? Enquanto um escroto se satisfaz com você, mesmo você não querendo? Acha mesmo que eu deixaria? — Inquiro.

Ela abaixa a cabeça, eu sei, ela está sem argumento.

— Acho que você ainda não sabe como as coisas funcionam, Meghan. — termino.

— Eu sei que você usou aquilo para me defender...Mas porque tanta crueldade? — indaga.

— Porque foi com você Meghan. Ele mexeu com você, ninguém pode fazer mal á você, eu não apoio e nem deixo. — evidencio. — Para de ser tão bobinha e parar de acreditar que a vida é igual os livros de contos de fadas que você escreve. — termino.

Ela me olha com os olhos lacrimejados, meu coração se aperta com aquilo.

— Eu fui literalmente ameaçada de morte por um bot. — desabafa.

Olho para ela e para o chão.

— Um bot? — pergunto.

— Sim, um bot. — afirma.

Ela me encara passando os dedos levemente sobre a borda de sua taça.

— O que? Porque está tão chocado? — pergunta.

— Não estou chocado, estou surpreso, e estou pensando: Como um bot poderia ameaçar essa linda garota de morte? Bot é literalmente um robô controlado por você mesma.

Ela me encara, eu sinto a raiva dela.

— Acho que esse bot está com problemas. — afirma.

Enfim, voltamos para a casa em silêncio, ela não tinha vindo em seu carro, e sim no carro daquele estranho homem.

Filho da puta!

Sinto que ele quer algo á mais com Meghan, mas infelizmente ou felizmente, isso não acontecerá.

ERROR HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora