Seis

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Meghan Sales:

Estou na maldita kit net, infelizmente.

Matteo esta trabalhando e eu estou comendo uma maçã encarando o mesmo.

— O que foi? — pergunta.

Desvio o olhar e entro para o meu quarto.

É madrugada mas não consigo dormir, amanhã tenho outra entrevista no mesmo lugar, porém é com uma pessoa diferente.

Estou deitada na cama enquanto encaro o teto e lembro da cena torturante de Matteo encima daquele nojento, enquanto retirava seu coração fora e espremia com as mãos.

Fico pensando no ódio que ele estaria naquele momento para espremer um coração igual espreme espinha.

Sou tirada do meu transe com ele batendo na porta.

— Está viva? — debocha.

— Me dá vontade de morrer quando te vejo.— debocho,

Ele rir.

— Sei muito bem, minha beleza é tão esnobada que muitas pessoas queriam morrer para ter isso. — expõe.

Reviro os olhos.

— Qual foi Meghan, não quer que eu faça você revirar esses olhos de outra forma, né?

Ele fica parado na porta com o notebook entre o braço e com a mão na maçaneta.

— Quê que é? Não vai dormir? Vai dormir. — expulso.

— Não gosto de dormir. — diz.

— Sério? Pois eu gosto, saia. — digo me levantando e indo fechar a porta.

Ele me pega em seus braços derrubando seu notebook.

Seus olhos se aprofundam nos meus.

Ele está com cheiro de álcool e cigarro.

— Eu cometi um erro de ter deixado você vir morar aqui, mas agora não quero mais que você saia. — conclui.

Vejo sua pupila dilatando.

Do nada ele me abraça e logo sinto um peso em meus ombros.

É, ele dormiu.

Com muita dificuldade, levo o mesmo para sua cama, deito o mesmo e jogo uma coberta.

Vou observando seu quarto, tem várias fotos de pessoas desconhecidas grudadas na parede.

Encima da escrivaninha, possui um diário com cadeado, e logo ao lado, tem uma gaveta aberta com vários remédios e potes pequenos.

Pego os remédios e vejo que é de controle especial, ou seja, ele toma pra controlar seu sistema nervoso.

Abro um dos potes e logo um cheiro forte de cocaína invade o quarto.

Ele tem vários celulares antigos, e uma arma de porte pequeno.

Sinto duas mãos em minha cintura e eu sei que é ele.

— Porque está mexendo nas minhas coisas? — esbraveja

— Porque você toma remédio controlado? — pergunto.

Eu me viro para ele e o mesmo continua segurando minha cintura.

— Preciso deles. — diz.

— Pra que? — insisto.

— Você não precisa saber disso. — afirma. — Meghan, vá dormir. — diz me colocando para fora do quarto.

— Eu preciso saber se você está bem. — exclamo.

— Estou ótimo, agora vai cuidar da sua vida, que com certeza está um caos. — diz fechando a porta na minha cara.

Vários remédios para controlar seu sistema nervoso, uma arma de porte pequeno, vários potes de cocaína, um diário com cadeado, fotos de pessoas desconhecidas.

Matteo é estranho, mas sinceramente, é um filho da puta muito gostoso.

Volto para o meu quarto e deito em minha cama.

O que será que Matteo anda aprontando?

Ele parece ter uma ótima sanidade mental, mas pelo o visto, não tem.

Como dizem: Quem ver cara, não ver coração.

Escuto respingos de chuvas caindo sobre o telhado, e logo a mesma se expõe rapidamente.

A chuva está forte e lá fora várias coisas caem.

Vou até a janela para ver o que está acontecendo, mas vejo duas silhuetas á uns 5 metros de distância da janela do meu quarto.

Está escuro, apenas a luz da noite alveja a cidade, por conta disso, fica difícil reconhecer os rostos.

Diante disso, vejo a primeira pessoa enfiando algo na barriga da segunda pessoa, em questão de segundos vejo a mesma cair no chão.

Fico perplexa e corro para o quarto de Matteo.

— Matteo....Um....assassinato...— exclamo.

Quando me recordo da realidade, não vejo Matteo na cama, mas logo ouço a porta principal se abrir.

Corro para lá e vejo Matteo entrando, encharcado por conta da chuva e uma faca ensanguentada em suas mãos.

ERROR HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora