TWENTY-ONE

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Pois é, quem é vivo sempre aparece né? Haha. Como vocês estão? Espero que bem!

Desculpem pela demora absurda, eu simplesmente agarrei em uma parte do capítulo e não consegui continuar. Mas cá estou eu.

Boa leitura 💙

O Olho.
O Olho é descrito como um cargo, uma posição em uma corte vampírica onde o Vamphir com esse dom deve executar seu poder sob as ordem da Rainha para garantir que o julgamento seja justo.

Diferente do Luter que pode ver flashes do futuro, toda vez que um Vamphir nasce com esse dom raro, é designado para a corte por obrigação.















O salão da corte vampírica é majestoso e ao mesmo tempo sombrio. As cortinas pesadas estão fechadas e a única iluminação vem das velas negras da grossura de um braço penduradas no centro do sala em um candelabro de cristal. No centro, uma longa mesa de mogno exibe os símbolos antigos esculpidos em sua superfície polida e brilhante.

Os membros da corte, observa Vegas sob sua própria veste, estão todos vestidos com trajes longos e negros, ornamentados de bronze, ocupando seus assentos com seriedade e a autoridade que exercem em um julgamento. A capa do traje pendurada atrás da nuca torna seus rostos visíveis, mas no momento em que a decisão for tomada, decisão essa que Vegas deseja ser correta, eles cobrirão suas cabeças.

Julgamento, a palavra se repete em seus pensamentos. Uma vez e depois outra.

Um julgamento dessa espécie há muito tempo não é visto, desde que o antigo rei dos Vamphirs foi destronado e sua coroa repassada para Helin. Agora eles se reúnem novamente depois de dezenas e dezenas de anos para julgar seu pai.

Todos os pares de olhos estão voltados para o centro da sala,
observando atentamente o vampiro acusado, cujos olhos brilham com a selvageria e raiva contida. A rainha Vamphir está sentada em um trono adornado com pedras cintilantes, sua capa igualmente escuta e longa cobrindo seus pés e os primeiros degraus.

Olhando ao redor, Vegas procura pelo olhar de Macau. Seu irmão mais novo levanta a cabeça no mesmo instante, os olhos caídos observando Vegas de volta com uma pergunta silenciosa em sua expressão. Depois de alguns segundos segurando, ele desvia o olhar para Kan, as sobrancelhas franzindo e seus lábios apertando.

É inevitável para Vegas olhar para seu pai também. Acorrentado como um animal com correntes banhadas a prata, para garantir que ele estará enfraquecido e contido, a postura de um homem renegado pela própria espécie e traído pela alma-gêmea. Traído.

Como ele se atreve a se portar assim quando ele mesmo quem causou isso? Como Kan se atreve a olhar para sua mãe como ela fosse a culpada de tudo isso?

Uma coceira incômoda na base do estômago faz Vegas apertar seus punhos juntos. Ele não consegue olhar para Kan Theerapanyakul e não desejar loucamente que ele seja punido. Por ter ameaçado Macau, e por ter levando-o a tomar uma decisão arriscada por Pete.

Ele não consegue olhar para Kan agindo como se tivesse sendo tratado com injustiça. Vegas lembra do olhar que ele deu a Pete antes de atirar nele, quatro vezes, e depois ele se lembra do quanto sua alma-gêmea sangrou em seus braços, da forma que ele fechou os olhos e por um momento Vegas acreditou que Pete não fosse acordar mais.

Tudo isso, e Kan ainda se acha no direito de ser poupado.

O murmúrio tenso do salão cessa quando a rainha se ergue, seu cabelo escuro e liso caindo em torno de seu rosto pálido e inabalável. Ela vestiu sua máscara e arrumou a postura, mas Vegas consegue vê-la mesmo através disso. A decepção. A tristeza.

IRRESISTÍVEL | VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora